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Lula não tira votos de Moro ou Ciro com Alckmin de vice, diz pesquisa

Levantamento aponta que eventual chapa entre petista e o ex-governador não deve mudar a ideia dos eleitores do ex-juiz e do pré-candidato do PDT

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Por Gustavo Queiroz
Atualização:

Pesquisa Genial/Quaest, divulgada anteontem, aponta que um eventual palanque com Lula e Alckmin não deve mudar a ideia dos eleitores que hoje se inclinariam a votar em Sérgio Moro (Podemos) ou em Ciro Gomes (PDT) em 2022. De acordo com o levantamento, 6% dos apoiadores de Moro aumentam o interesse em eleger o PT se a chapa tiver Alckmin como vice. Para 14%, a chance de votar em Lula diminui. A proporção é parecida entre eleitores de Ciro. A maior parte dos que declaram voto em Ciro (56%) e Moro (71%) não pensariam em mudar de ideia. Entre os indecisos, 43% continuariam assim, 6% teriam menos interesse e 5% ficam mais simpáticos à ideia.

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Como o Estadão mostrou, o Alckmin está prestes a deixar o PSDB e dialoga com outras siglas que poderiam levá-lo à ser vice de Lula, como o PSB e o Solidariedade.

Um dos poucos cenários em que os brasileiros ficam mais propensos a eleger o petista com a chegada de Alckmin, está entre aqueles que avaliam como negativo o governo Bolsonaro: 15% se mostram dispostos a validar a nova chapa e 12% diminuem a disposição.

Lula se mostrou favorável a formar uma palanque com Alckmin; tucano avalia filiação ao Solidariedade Foto: Werther Santana/Estadão Conteúdo e Gabriela Biló/Estadão

A notícia é favorável a Lula apenas entre aqueles que já o apoiam – o que mostra que o eleitor do PT não deve retirar o apoio com a chegada de Alckmin. Quase o dobro dos que declaram voto em Lula ficam ainda mais propensos a escolher a chapa em 2022: 19% percebem a mudança como uma vantagem e 10% diminuem o interesse no partido.

Brasileiros que não querem nem Bolsonaro nem Lula também não tendem a mudar de ideia com a composição: 67% manterá o mesmo candidato, 7% aumenta o interesse e 17% diminui. Os mais propensos a eleger o petista com Alckmin estão entre os que avaliam como negativo o governo Bolsonaro: 15% se mostram dispostos e 12% não. Entre os que já apoiam Lula, 19% percebem a mudança como vantagem e 10% diminuem o interesse.

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