PUBLICIDADE

Lideranças das bancadas evangélica e da bala assumem apoio a Bolsonaro

No entanto, diferentemente da frente ruralista, os líderes não cogitam, neste momento, formalizar o posicionamento do grupo

Por Camila Turtelli e Mariana Haubert
Atualização:

BRASÍLIA - Os líderes das bancadas evangélica e da bala no Congresso Nacional assumiram o apoio ao candidato do PSL ao Palácio do Planalto, Jair Bolsonaro. No entanto, diferentemente da frente ruralista, os líderes não cogitam, neste momento, formalizar o posicionamento do grupo nas eleições 2018.  O deputado Hidekazu Takayama (PSC-PR), que coordena a frente dos evangélicos na Câmara, afirmou ao Estado que o apoio do seu grupo é uma “tendência natural”, já que o candidato apoia os “valores cristãos e da família”.  

O cadidato à Presidência do PSL, Jair Bolsonaro Foto: FABIO MOTTA/ESTADÃO/DIVULGAÇÃO

PUBLICIDADE

Por outro lado, Takayama afirmou que não há uma orquestração da frente para oficializar o apoio ao candidato, já que a maioria dos deputados está atualmente em campanha, sem tempo para reuniões. “Com certeza, acredito que a maioria aceitaria”, afirmou.  Ele disse ainda que, em uma eventual eleição de Bolsonaro, a frente provavelmente não faria oposição ao seu governo. 

O criador da Frente Parlamentar da Segurança e candidato ao governo do Distrito Federal, Alberto Fraga (DEM-DF), declarou seu apoio pessoal ao militar na noite dessa terça-feira, 2, ao vivo, durante o debate realizado pela TV Globo. Ao Broadcast Político, Fraga disse que o sentimento da maioria dos integrantes da chamada 'bancada da bala' é apoiar Bolsonaro. "O apoio está implícito", disse. 

De acordo com ele, dos 306 integrantes do grupo, cerca de 170 querem o capitão reformado no Palácio do Planalto. A bancada da bala não existe formalmente no Congresso, mas a Câmara reconhece as frentes parlamentares suprapartidárias, organizadas por interesses comuns. A frente da segurança agrega neste momento 299 deputados. 

Fraga afirmou, contudo, que o grupo não se posicionará oficialmente porque nem todos os seus integrantes foram consultados sobre a questão. "Eu gostaria (de declarar posição), mas como não consegui reunir todo mundo, não tenho como emitir essa nota. Claro que deve ter gente que não concorda com essa decisão", disse. 

Oficialmente, há 182 integrantes em exercício na Frente Parlamentar Evangélica (FPE). No entanto, 105 deputados pertencem a outras religiões e entraram com suas assinaturas somente para viabilizar a criação da frente. Os 84 parlamentares representam 23 Estados, 21 legendas e 19 denominações evangélicas. 

Nessa terça, a Frente Parlamentar da Agropecuária selou seu apoio à candidatura do militar reformado. O grupo reúne 214 deputados, sendo que 43% deles são de partidos coligados à candidatura de Geraldo Alckmin (PSDB), incluindo 18 parlamentares tucanos. A responsável pela adesão foi a deputada Tereza Cristina (DEM-MS), presidente da frente. Além de ser de um partido que integra a coligação de Alckmin, a deputada foi cotada para ser vice na sua chapa.

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.