24 de janeiro de 2013 | 02h14
"Onde você está? Preciso conversar", disse Sarney a Temer, por telefone, ontem de manhã. O vice-presidente, que deixava o Palácio do Jaburu, onde mora, dirigiu-se então ao gabinete do presidente do Senado.
No encontro, Sarney alertou Temer sobre alguns perigos da insistência de Jucá de disputar a liderança do PMDB. Um deles é que Eunício já conta com aprovação da presidente da República, Dilma Rousseff. "Então no Senado está tudo resolvido? Será o Eunicinho? Isso é muito bom", disse a presidente a Sarney ao ser informada da escolha.
Outro risco é que as costuras feitas por Sarney e Renan Calheiros tinham resolvido vários outros problemas internos do PMDB. Tanto é que os chamados independentes - Ricardo Ferraço (ES), Jarbas Vasconcelos (PE), Luiz Henrique (SC), entre outros - prometeram ficar quietos e deixar o PMDB seguir seu curso natural.
Com os arranjos já feitos entre todos os partidos, Renan será consagrado candidato à presidência do Senado, com Jorge Viana (PT-AC) como 1º vice e o próprio Jucá como 2º vice, se ele recuar. Na 1ª Secretaria, o nome mais forte é o do senador Flexa Ribeiro (PSDB-CE). Fernando Collor (PTB-AL) comandará a Comissão de Infraestrutura e Blairo Maggi (PR-MT) irá para a Comissão do Meio Ambiente. José Pimentel (PT-CE), deverá receber a 4ª Secretaria.
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