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Justiça volta a autorizar trabalho fora da cadeia para Delúbio

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Por Mariângela Gallucci e BRASÍLIA
Atualização:

A Vara de Execuções Penais do Distrito Federal autorizou ontem o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares a retornar ao trabalho na Central Única dos Trabalhadores (CUT). Delúbio havia sido afastado do emprego no final de fevereiro, assim que se divulgaram notícias sobre supostos privilégios garantidos aos condenados do mensalão detidos no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília. Na terça-feira, o ex-tesoureiro - que cumpre pena de seis anos e oito meses naquela unidade penitenciária, acusado de corrupção ativa - esteve na VEP e foi alertado pelo juiz Bruno Ribeiro sobre a proibição de regalias para presos no sistema penitenciário do Distrito Federal. Na audiência, Delúbio fez um pedido ao juiz: que fosse restabelecida a autorização para o trabalho externo. O ex-tesoureiro cumpre pena no regime semiaberto por participação em irregularidades quando era tesoureiro do PT durante o primeiro mandato do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No semiaberto, o preso pode ser autorizado a deixar o presídio durante o dia para trabalhar. Transferência. Nos próximos dias, os integrantes da Vara de Execuções Penais devem decidir sobre o pedido feito pelo Ministério Público para que os condenados do mensalão sejam transferidos da Papuda para um presídio federal. Segundo o MP, essa medida é necessária para se evitar o tratamento diferenciado dispensado aos petistas condenados dentro do presídio.A queixa do MP se deve a seguidos episódios que apontariam tratamento especial aos petistas - entre elas visitas fora do horário imposto aos demais presos e acesso a refeições diferentes das que são oferecidas nas demais celas. Entre os episódios que marcaram essas denúncias estão o suposto uso de celular na cela pelo ex-ministro José Dirceu, uma reunião de Delúbio com sindicalistas dentro da cadeia e as atitudes do governador Agnelo Queiroz, que tem dito que visita os petistas na prisão quando quiser.

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