
12 de novembro de 2013 | 02h05
A concessão do passaporte ocorreu a apenas três dias do término do segundo mandato de Lula. O Ministério Público abriu investigação em janeiro de 2011, quando reportagens na imprensa revelaram uma extensa lista de beneficiários do passaporte especial - parentes do ex-presidente, autoridades religiosas, políticos e ex-ministros. A farra na liberação levou o Itamaraty a adotar, então, regras mais rígidas para a concessão do documento.
O passaporte diplomático dá ao portador uma série de regalias, como tratamento especial no embarque e desembarque em aeroportos. Em alguns países torna dispensável a exigência do visto de entrada. Fazem jus a ele pessoas em missão de especial interesse do País.
'Irregular'. Na sentença, o juiz Jamil Rosa de Oliveira, da 14.ª Vara em Brasília, julgou procedente o pedido do Ministério Público. "Em verdade, não há nada a acrescentar em matéria de mérito, uma vez que o passaporte diplomático concedido ao réu foi absolutamente irregular", decidiu Oliveira.
O advogado de Luis Cláudio, Cristiano Zanin Martins, disse que vai apelar ao Tribunal Regional Federal em Brasília (TRF-1). Segundo ele, a sentença "não acrescenta nada" porque o passaporte diplomático já tinha sido cancelado. "A questão do cancelamento já foi feita administrativamente", afirmou.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.