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Jungmann manda PF investigar ameaças a jornalista e a diretor do Datafolha

Ministro da Segurança Pública envia memorando à PF no qual solicita apuração do caso; ataques a jornalista se iniciaram após reportagem sobre disparos no WhatsApp contra o PT

Por Fabio Serapião
Atualização:

BRASÍLIA -  O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, enviou nesta quinta-feira, 25, um memorando ao diretor-geral da Polícia Federal, Rogério Galloro, em que solicita a abertura de investigação para apurar a autoria de ameaças sofridas por uma jornalista da Folha de S.Paulo e contra o diretor do Datafolha.

Na última terça-feira, 23, a Folha havia representado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pedindo a apuração das ameaças sofridas pela repórter Patrícia Campos Mello após a publicação de reportagem sobre o suposto disparo em massa de ataques contra o PT por meio de WhatsApp. O jornal levantou a possibilidade de a ação ter sido orquestrada para constranger a atuação da empresa. O pedido também cita supostas ameaças a Mauro Paulino, diretor-geral do Datafolha.

O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, em Brasília Foto: Dida Sampaio/Estadão

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No memorando enviado a Galloro, Jungmann determina que "sejam adotadas as providências necessárias à apuração dos fatos e à identificação de autoria, circunstâncias e motivações com eles envolvidas".Para o ministro, se confirmada as informações sobre as ameaças "pode-se estar diante da configuração de ilícitos penais, e de direta ofensa a inviolabilidade de correspondência, ao sigilo das comunicações, à prestação de informações e à liberdade de imprensa". 

Nesta quinta, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) afirmou que intimidações contra qualquer pessoa ou jornais são inadmissíveis. "Intimidações a pessoas, jornais ou a quem seja são inadmissíveis. Repudio ameaças à Folha e seus jornalistas, com energia". 

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