PUBLICIDADE

Jobim diz que Forças Armadas no Rio não atuarão como polícia

Ministro da Defesa diz que objetivo das tropas - 450 a 900 homens - será 'garantir o procedimento eleitoral'

PUBLICIDADE

Por Rodrigo Viga Gaier e da Reuters
Atualização:

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, alertou nesta sexta-feira que o efetivo das Forças Armadas a ser usado nas eleições no Rio de Janeiro não atuará como polícia. De acordo com o ministro, o objetivo das tropas será "garantir o procedimento eleitoral". Veja Também: Tropas desembarcam nas eleições do Rio em até sete dias Candidatos reagem a 'currais' do tráfico e milícias no Rio Conheça os candidatos a prefeito no Rio  Especial tira dúvidas do eleitor sobre as eleições    Veja as regras para as eleições municipais Jobim, que na véspera anunciou que as forças federais devem chegar ao Estado em sete dias, acrescentou que considera "suficiente" o efetivo de 450 a 900 homens destacados para a missão, apesar de o número de currais eleitorais identificados pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio ser maior do que o que o ministro diz ter conhecimento. "Creio que o efetivo proposto será suficiente para os três pontos básicos: assegurar a regularidade do processo eleitoral, assegurar a presença da imprensa e a circulação dos próprios candidatos e eleitores", disse Jobim. "O objetivo é pacificar as áreas", acrescentou o ministro a jornalistas no porta-aviões São Paulo, onde participou da cerimônia de transmissão dos cargos de Comandante de Operações Navais e de Diretor-Geral de Navegação. Jobim não se mostrou confortável ao falar das escutas telefônicas de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele causou polêmica ao afirmar que a Agência Brasileira de Inteligêcia (Abin) comprou, por intermédio do Exército, aparelhos capazes de fazer escuta. "Esse assunto está ultrapassado. O que temos que aguardar agora são as investigações da Polícia Federal", disse. Indagado se a situação havia provocado desconforto dentro do governo, Jobim foi suscinto: "Absolutamente." 

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.