Irmão de Campos quer reparos imediatos às famílias atingidas na queda de jatinho

Advogado, Antonio Campos pedirá, em representação do Ministério Público Federal, pagamento dos seguros das vítimas

PUBLICIDADE

Por Angela Lacerda
Atualização:

RECIFE - O advogado Antonio Campos, irmão do ex-governador e ex-candidato à Presidência da República, Eduardo Campos, morto em um acidente aéreo no dia 13 de agosto, em Santos (SP), com outras seis pessoas, vai pedir ao Ministério Público Federal que solicite ao fabricante do avião Cessna, às seguradoras e à União, a imediata reparação dos danos causados aos imóveis atingidos pela queda da aeronave, assim como o pagamento dos seguros das vítimas.

"Independentemente da conclusão das investigações sobre as causas do acidente e de ações cíveis e regressivas futuras", destacou ele, que, na próxima segunda-feira, 8, entrará com uma representação no MPF, em Santos, com este propósito. "A iniciativa vem em apoio aos moradores das casas sinistradas que visitei em Santos, recentemente, quando afirmei que os apoiaria no propósito da reparação dos danos, dando sequência, assim, ao acompanhamento do caso", afirmou o advogado, que esteve com as famílias prejudicadas no dia 27 de agosto. 

De acordo com o PSB, o avião era de dois empresários e tinha sido locado para a campanha presidencial Foto: Márcio Fernandes/Estadão

PUBLICIDADE

O advogado cita a Convenção de Montreal para basear sua solicitação - adiantamento de despesa, cf.art.28, para minorar o dano existente - e explica a presença da União na representação, porque, ao seu ver, houve falha da Aeronáutica em relação ao sistema de navegação auxiliar, permitindo a aterrissagem do avião mesmo diante do mau tempo.

Ele adiantou que está consultando advogados americanos para a possibilidade de acionar a Cessna também judicialmente nos Estados Unidos, sede da empresa. "Já há indícios de erro de projeto da aeronave, falha mecânica e defeito da caixa preta", observou, ao informar ter consultado, de forma preliminar, o advogado Jack B. McCowan, do escritório Gordon Rees, especialista em acidentes aéreos nos Estados Unidos.

"Estamos acompanhando as investigações e em breve nos pronunciaremos sobre uma visão das causas do acidente", disse ele, ao lembrar que uma das possibilidades é a de o acidente ter sido provocado por um drone meteorológico da Aeronáutica.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.