
23 de fevereiro de 2012 | 03h04
A Marinha trabalha com a hipótese de pane elétrica e instaurou inquérito para apurar o caso. Peritos foram à Ilha das Cobras, na Baía de Guanabara, onde a embarcação está fundeada, em busca de evidências que subsidiem a investigação.
Quando o fogo começou, os dois militares não conseguiram sair do alojamento e foram resgatados pelos colegas. Um dos feridos, Carlos Alexandre dos Santos Oliveira, morreu por volta das 5 horas. O outro, José de Oliveira Lima Neto, está internado da UTI do Hospital Marcílio Dias, com quadro estável. O comando da Força classificou o incêndio como de pequeno vulto e afirmou que foi controlado antes que atingisse áreas estratégicas do navio. As operações da embarcação não serão afetadas.
Reparos. O fogo de ontem foi mais um incidente da série que marca o São Paulo, comprado da França, em 2000, por US$ 12 milhões. Em maio de 2005, o porta-aviões sofreu rompimento de uma rede de vapor, causando um incêndio que matou três tripulantes. O reparo não levaria mais de seis meses, mas a Marinha antecipou uma manutenção preventiva, que duraria dois anos.
Em 2007, parte dos reparos foi concluída, mas o eixo propulsor direito apresentou problemas e precisou ser substituído. Os militares aproveitaram para modernizar a planta propulsora dos caças e revisar equipamentos. O custo foi de R$ 80 milhões.
O porta-aviões deixou o cais em 2009, após quatro anos fora de operação. Em agosto daquele ano, ocorreriam as primeiras provas de mar desde 2005, mas novas avarias estenderam os trabalhos e o porta-aviões só voltou aos testes em 2010.
Com 266 metros de comprimento, o São Paulo é a maior embarcação da Armada e o único porta-aviões da América do Sul. Construído entre 1957 e 1960, pode transportar até 37 aviões, além de helicópteros, e tem capacidade para 1.030 homens. / COLABOROU ALEXANDRE RODRIGUES
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