
22 de novembro de 2013 | 02h08
O ex-diretor do BB foi oficialmente considerado foragido no sábado, um dia depois de o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, ter decretado sua prisão e de outros 11 condenados por participação no esquema do mensalão.
Na Polícia Federal, apesar da confirmação de fontes da polícia da Itália ao Estado de que o petista ingressou naquele país, as autoridades continuam não descartando nenhuma outra hipótese - por exemplo, que ele continue no Brasil ou esteja em outro país.
O processo de captura costuma ser longo. Com o passar do tempo, é provável que o foragido comece a deixar rastros. No caso de Pizzolato, ele recebe aposentadoria do fundo de pensão dos servidores do BB e a movimentação do dinheiro pode ajudar a PF a rastrear seus passos. Pizzolato tem uma aposentadoria de cerca de R$ 25 mil por ter sido diretor do BB e do fundo de pensão da instituição.
O dinheiro é depositado na conta dele e só pode ser transferido para banco de outro país mediante autorização judicial. Pizzolato também tem imóveis no Rio de Janeiro e uma casa em Florianópolis.
Argentina. Pizzolato não teria saído da Argentina com nenhum de seus dois passaportes - o brasileiro e o italiano -, indicaram fontes do governo argentino em Buenos Aires. "Se ele saiu daqui, foi com outro nome e um passaporte forjado", afirmou uma fonte administrativa.
Segundo o Estado apurou, o ex-diretor esteve na Argentina pelo menos seis vezes entre fevereiro de 2004 e dezembro de 2009. Não há registro de entrada ou saída depois disso.
Em 2004, ele entrou pelo aeroporto de Ezeiza dia 3 de novembro e saiu dia 15. Em 2005, chegou dia 8 de outubro e foi embora dia 12. Voltou ao país em 2007, pelo Paraguai, e partiu apresentando seu passaporte italiano., de número 241069T. A última vez que Pizzolato esteve em Buenos Aires foi em 2009. Ele desembarcou na capital no dia 14 de novembro. Ele partiu de volta no dia 17. / COLABOROU ARIEL PALACIOS
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