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Haddad rebate propaganda do PSDB e diz que tucanos romperam a normalidade democrática

Em evento em Campinas, candidato do PT evitou fazer prognósticos para o segundo turno da campanha presidencial e disse que não fará ataques pessoais

Foto do author Daniel  Weterman
Por Ricardo Galhardo e Daniel Weterman
Atualização:

Candidato à Presidência pelo PT, Fernando Haddad disse, nesta terça-feira, 25, que está sendo alvo de "fortes ataques" nas eleições 2018, mas prometeu não revidar. "Vamos manter o ritmo da nossa campanha sempre propositiva, sem ataques nem pessoais nem partidários. Estamos recebendo ataques fortes dos outros candidatos mas não vamos revidar porque acho que o Brasil está precisando de outra coisa", disse Haddad em Campinas, no interior de São Paulo. Apesar disso, setores do PT defendem que o candidato inicie ainda no primeiro turno um movimento para desconstruir Jair Bolsonaro (PSL). 

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Apesar do posicionamento do candidato, Bolsonaro foi alvo de ataques indiretos de quase todos os políticos que discursaram no ato em Campinas. O candidato a senador Jilmar Tatto (PT), os candidatos a deputado Wagner Freitas (PT) e Gustavo Petta (PC do B) e outros criticaram indiretamente o capitão da reserva. O discurso do próprio Haddad foi interpretado como uma referência ao candidato do PSL. "Nós estamos precisando de rumo e o rumo tem que vir pelo voto. Ditadura, não. Autoritarismo, não. Violência, não. Intolerância, não. Ódio, não", disse o petista.

Sem vestir a camiseta com a caricatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como estava fazendo desde o começo da campanha nas ruas, Haddad evitou fazer um prognóstico para o segundo turno da eleição e disse que "dez dias, no momento atual, é muito tempo" e que mudanças podem acontecer na disputa. 

O candidato a presidente pelo PT, Fernando Haddad, em ato de campanhano centro de Campinas, no interior de São Paulo. Foto: Gabriela Biló/Estadão

O petista voltou a atacar o PSDB. Ao ser perguntado sobre a propaganda da campanha de Geraldo Alckmin que relaciona o PT ao ex-presidente da Venezuela Hugo Chávez, Haddad disse que são os adversários que precisam responder sobre democracia. "Quem rompeu com o pacto democrático no Brasil, e eles próprios hoje reconhecem, foi o próprio PSDB."

Após ameaças sofridas pela candidata a vice-presidente Manuela d´Ávila (PCdoB), o presidenciável declarou que não solicitou reforço em sua segurança e que está seguindo o protocolo da Polícia Federal feito a todos os demais candidatos. A situação de Manuela, comentou, está sendo de tratada de forma "específica". 

Ao final, Haddad adotou um tom conciliador no discurso. "Queremos reunir o Brasil mais uma vez em proveito de todos".