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Haddad faz propaganda do PT; para advogados, há infração

'Vote 13', disse o ex-prefeito e coordenador do programa de governo do partido durante evento em São Paulo

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Foto do author Gilberto Amendola
Foto do author Cecília do Lago
Por Gilberto Amendola e Cecília do Lago
Atualização:
Fernando Haddad, ex-prefeito de São Paulo Foto: Rafael Arbex/Estadão

SÃO PAULO – Ao participar neste domingo, 29, do fórum Conhecer, sobre ciência e tecnologia, na capital paulista, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, coordenador do programa de governo do PT nas eleições 2018, encerrou a fala com um pedido: “Vote 13”. O pedido de voto no PT constitui, segundo advogados ouvidos pelo Estado, infração eleitoral.

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“Pode ser considerada propaganda eleitoral antecipada, já que foi um pedido expresso de voto”, disse o advogado Marcellus Ferreira Pinto. No mesmo sentido manifestou-se o professor de direito Diogo Rais.

No evento, Haddad falou sobre a falta de alianças do PT. "Não acredito que o isolamento vá acontecer, acredito que alguna aliança haverá", disse. "Se Lula fosse candidato, realmente tenho dúvidas de que Ciro (Gomes, do PDT), (Guilherme) Boulos (PSOL) e Manuela (d’Ávila, do PCdoB) tivessem colocado suas candidaturas. Estariam todos reunidos em torno do Lula."

Ciro esteve no evento e rebateu. “Apoiei Lula ao longo de 16 anos. Mas, nesse momento, o Brasil precisa sinalizar para o futuro.”

Haddad ironizou ainda a negativa de Josué Gomes da Silva (PR) – filho de José Alencar, que foi vice do ex-presidente Lula – em ser vice do candidato tucano à Presidência, Geraldo Alckmin. "Foi uma vitória pessoal do próprio Josué", disse.

O ex-prefeito voltou a afirmar que não será candidato e que, a partir do dia 6, pretende retornar a dar aulas no Insper.

Ex-prefeito afirma que estopim da crise econômica se deu no governo Dilma

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Durante o evento, Haddadfoi questionado sobre a origem da atual crise econômica e política. O ex-prefeito citou o início do segundo mandato da presidente cassada Dilma Rousseff, (PT), com a nomeação do ministro Joaquim Levy para a Fazenda, como o estopim da crise.

"Houve, na minha opinião, uma decisão de política econômica equivocada, com um ministro da Fazenda que expressava a ruptura do que tinha sido feito em 13 anos."

Para o ex-prefeito, naquele momento houve um cavalo de pau na política econômica. “Nada contra ajustes, mas a dose ali foi de veneno."

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