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Haddad defende solução democrática para Venezuela e critica EUA

'Você não tem dúvida que nossa preocupação com nossos vizinhos tem de ser permanente. Não podemos correr o risco de declarar guerra à Venezuela ou permitir a instalação de uma Base dos Estados Unidos no Brasil', diz candidato do PT

Por Cristian Favaro
Atualização:

O candidato do PT ao Planalto, Fernando Haddad, atacou o que ele chamou de tentativa dos Estados Unidos de influenciar a América do Sul. A fala de Haddad veio após questionamento, em entrevista à Rádio Capital, nesta segunda-feira, sobre os desafios de governos vizinhos, como a Venezuela.

"Você não tem dúvida que nossa preocupação com nossos vizinhos tem de ser permanente. Não podemos correr o risco de declarar guerra à Venezuela ou permitir a instalação de uma Base dos Estados Unidos no Brasil", afirmou Haddad, em referência a uma negociação entre os governos brasileiro e dos EUA para utilizar a Base de Lançamento de Alcântara, da Força Aérea Brasileira, no Maranhão.

Entrevista coletiva do candidato pelo Partido dos Trabalhadores (PT), Fernando Haddad, no Hotel Matsubara, no bairro do Paraíso. Foto: Tiago Queiroz / Estadão

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Na sua resposta, o candidato do PT fez referência aos conflitos permanentes no Oriente Médio, que decorreriam das brigas pelo petróleo. "Não podemos permitir que os americanos se metam na América do Sul. Se a Venezuela está com problemas, não é a guerra a solução. Temos de chamar a ONU. Chegar na Venezuela com uma solução democrática. Sou contra o militarismo", disse Haddad.

Haddad reforça críticas à reforma trabalhista

O candidato do PT reforçou suas críticas à reforma trabalhista, aprovada pelo governo de Michel Temer, que seria responsável por "prejuízos enormes". "Bolsonaro votou a favor dela", alfinetou Haddad. "Nós não vamos ser País forte com trabalhador fraco. País forte tem de contar com trabalhador com renda", disse o petista. A pauta da Previdência, entretanto, ganhou o apoio de Haddad. "Os chamados regimes públicos precisam ser reestruturados", disse, apontando o desafio de Estados como Minas e Rio em arcar com sua folha de pagamento. "Agora nossa meta final é ter regime único de previdência. Porque é o justo".

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