Haddad continua conversas com líderes de partidos de esquerda

Coordenador de programa de governo do PT, ex-prefeito vai se encontrar com Manuela D'Avila, Paulo Câmara e Flávio Dino

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Por Ricardo Galhardo
Atualização:

Duas semanas depois de ter se reunido com o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) tem uma série de encontros agendados com lideranças de partidos de esquerda. Segundo Haddad, que é coordenador do programa de governo do PT para a eleição presidencial e apontado como alternativa a candidato ao Planalto caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seja impedido pela Justiça, o objetivo das conversas não é costurar alianças eleitorais, mas falar sobre propostas e experiências administrativas.

O ex-prefeito de São PauloFernando Haddad (PT) é coordenador do programa de governo do PT Foto: Alex Silva|Estadão

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Na semana que vem ou na próxima Haddad vai se encontrar com Manuela D'Avila, pré-candidata do PCdoB. Segundo o ex-prefeito, a agenda foi pedida pela ex-vice-prefeita Nádia Campeão (PCdoB) ainda durante o Carnaval.

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Nesta quinta-feira, Haddad se encontra com o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB) em um evento na Fundação Lemmann em São Paulo. Além disso, o ex-prefeito vai solicitar um encontro com o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), para falar sobre projetos bem sucedidos do governo estadual. A ideia é falar com todos os governadores de partidos de esquerda para prospectar projetos bem sucedidos que possam ser incorporados ao programa petista.

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Segundo Haddad, existe uma confusão sobre as conversas que ele tem mantido com lideranças de outros partidos de esquerda. “Misturaram as estações. Eu, quando discuto, é na minha condição. O meu mandato é (coordenador do) programa. Nessa condição eu discuto e vou continuar discutindo porque é o mandato que recebi do Lula, buscar uma aproximação programática”, afirmou o ex-prefeito.

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Haddad, no entanto, admitiu que as conversas sobre o programa de governo podem servir de vetor para uma aproximação eleitoral. “Se não for no primeiro turno, é no segundo. Se não for no segundo, é no governo”, disse ele. Segundo o ex-prefeito, ainda não chegou o momento de o PT debater alternativas a Lula, uma vez que ainda existem caminhos jurídicos para que o ex-presidente deixe a cadeia e viabilize a candidatura presidencial.

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“Os recursos foram julgados? Não. Tem dois recursos em andamento. Não há impedimento para demandar o registro da candidatura. As ADCs (ações declaratórias de constitucionalidade sobre prisão em segunda instância) devem ser julgadas na semana que vem. Não está colocado (o debate sobre uma alternativa a Lula)”, disse Haddad na noite desta quarta-feira depois de participar de um debate sobre educação na Faculdade de Direito do Largo São Francisco.

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