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'Há uma fuga dos prestadores de serviço para outras cidades'

Candidato do PSDC promete reduzir ISS de 5% para 2% em todo o município para atrair mais empresas

Por Guilherme Waltenberg e AGÊNCIA ESTADO
Atualização:

Na contramão do discurso de alguns adversários na eleição, que pregam a redução de tributos na periferia para incentivar a criação de empregos nessas regiões, o candidato do PSDC à Prefeitura de São Paulo, José Maria Eymael, defendeu a redução do Imposto Sobre Serviços (ISS) de 5% para 2% em toda a cidade. "Hoje em dia há uma fuga dos prestadores de serviço de São Paulo para outras cidades da região, que cobram 2%", afirmou.Na opinião do candidato, mesmo com essa redução de impostos, é possível dobrar a arrecadação de ISS da Prefeitura em dois anos. "Nosso pessoal ligado à área tributária fez estudos. Muitos desses prestadores de serviços (que declaram impostos em outras cidades) se regularizariam em São Paulo."O candidato foi o sétimo entrevistado da série Entrevistas Estadão, na qual aproveitou para cantar um trecho do seu famoso jingle: "Ey, Ey, Eymael / um democrata cristão". E comemorou: "Vocês sabem que neste ano a música completa 27 anos, mesmo número do meu partido?" Eymael explicou que o ponto principal de seu programa de governo será tratar São Paulo como uma nação. "Cada bairro é uma cidade, cada região, um Estado e a cidade, uma nação", disse. Na área da saúde, o candidato afirmou que dará prioridade à prevenção. "A saúde será inteligente, tem que chegar antes da doença. Isso traz dois ganhos: economia de recursos, que podem ser investidos na saúde, e qualidade de vida", destacou.Ideias. Sua ideia para o transporte em São Paulo engloba uma ação conjunta de ampliação da rede de metrô e corredores de ônibus. Ele também defendeu a manutenção da inspeção veicular, mas propôs que ela fosse realizada por uma empresa pública, em parceria com o governo do Estado - a Controlar, que realiza o serviço, é privada. "Deveria ser cobrada uma taxa menor."Eymael também propôs criar a Secretaria da Família, que seria um "formulador de políticas" das outras pastas. "Seria inspirado nos ministérios da família de outros países." O candidato condenou a busca por votos entre grupos religiosos. "Essa busca de voto religioso é um escândalo, tem que conquistar votos por propostas", afirmou.Instado a responder que partido apoiaria num eventual segundo turno que não contasse com a sua presença, o candidato afirmou que provavelmente ficaria ao lado do PT. "Historicamente, pelas conquistas, (temos) afinidade com o PT", disse.

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