17 de setembro de 2014 | 22h08
Aliada de Aécio Neves, a Força Sindical está pressionando o candidato do PSDB à Presidência a incluir em seu programa de governo uma das principais bandeiras da categoria: o fim do fator previdenciário. O mecanismo foi criado em 1999, no governo Fernando Henrique Cardoso, para desestimular aposentadorias precoces.
Para o PSDB, a proposta dos sindicalistas é inviável pois entra em conflito com o austero plano econômico do candidato e significaria a desconstrução de uma proposta que marcou a gestão tucana no Palácio do Planalto. Aécio reuniu-se nesta quarta-feira, 17, duas vezes com lideranças da central, mas até a conclusão desta edição eles não haviam chegado a um acordo.
“Estamos fechando a pauta trabalhista e esperamos incluir o fim do fator previdenciário no programa”, disse o deputado Paulinho da Força. Principal dirigente da central, ele indicou um representante de sua confiança para integrar a coordenação que elaborou o programa do candidato.
O impasse com os sindicalistas é apontado por tucanos como um dos motivos que levou Aécio adiar duas vezes o anúncio de seu programa. Para criar pontes com a categoria, ele apresentou no Senado projeto para reajustar a tabela do Imposto de Renda com base no IPCA - que mede a inflação - nos próximos cinco anos. Além disso, prometeu manter a atual política de aumento do salário mínimo. Para viabilizar a aliança com os tucanos, a Força retirou de sua pauta uma de suas mais antigas reivindicações: a redução da jornada de trabalho para 40 horas.
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