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Ex-líder de movimento é puxador de voto na Bahia

Por Tiago Décimo e SALVADOR
Atualização:

Na primeira semana de fevereiro, durante o momento mais crítico da greve que paralisou a PM na Bahia por dez dias, o mentor do movimento, o ex-soldado Marco Prisco, reclamou publicamente do partido ao qual é filiado, o PSDB, pela falta de apoio à mobilização, e anunciou que se desfiliaria da legenda. A declaração foi prontamente respondida: "A nós só cabe aceitar, porque ele não coaduna com as ideias do partido", declarou, à época, o presidente estadual do PSDB, Sérgio Passos.A greve acabou, Prisco ficou preso por 44 dias e, menos de seis meses depois, ele é candidato a vereador pela legenda. E é considerado pelo PSDB um dos principais "puxadores de votos" do partido para as eleições proporcionais em Salvador. "É verdade que sou o mais conhecido (entre os candidatos da legenda)", diz ele, sem modéstia. "Mas isso não muda minhas convicções. Sei que tenho uma grande responsabilidade, de representar toda uma categoria que confia em mim."O ex-PM, expulso da corporação em 2002 por ter sido um dos líderes da primeira greve da polícia no Estado, diz que tem recebido apoios - entre eles financeiro e material - de integrantes da corporação e de servidores de outras categorias e que espera votação expressiva na eleição. A visibilidade do candidato tem feito com que ele viaje pelo interior da Bahia para articular e fortalecer candidaturas de lideranças da greve em outras cidades. "Temos 12 candidaturas no interior, todas bem colocadas", garante o ex-PM.As plataformas eleitorais de Prisco, segundo ele, são focadas na segurança pública. "O básico é trabalhar para o aumento da inclusão social da população, que é o mais importante que a administração municipal pode fazer. Mas também vou trabalhar veementemente no combate à corrupção."

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