Ex-diretor da Siemens envolveu políticos

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Por Redação
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As investigações da ação de um cartel em São Paulo começaram em 2008, com a suspeita de pagamentos de propina da empresa francesa Alstom a integrantes do governo do Estado para a obtenção de contratos na área de energia. Depois, o inquérito da Polícia Federal que apurava as ilegalidades no setor de energia foi desmembrado e passou a investigar também a ação da Alstom e de outras empresas em contratos de trens e metrô dos governos tucanos em São Paulo. O escândalo do cartel metroferroviário já rendeu o indiciamento de seis pessoas, entre elas o ex-presidente da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) Oliver Hossepian Salles de Lima, o ex-diretor de manutenção da estatal João Roberto Zaniboni e o consultor Arthur Teixeira. O caso esbarrou em políticos no ano passado, com acusações feitas pelo ex-diretor da empresa alemã Siemens Everton Rheinheimer e reveladas pelo Estado em 21 de novembro. Rheinheimer prestou um depoimento à Polícia Federal no qual citou o envolvimento de três secretários do governador Geraldo Alckmin (PSDB) com o cartel, entre eles Rodrigo Garcia (Desenvolvimento). Na quinta-feira passada, o jornal Folha de S. Paulo revelou um trecho de um depoimento do ex-diretor da Siemens prestado ao Ministério Público Federal - órgão que integra a força-tarefa que investiga o escândalo - no qual ele afirma que tratou de propina diretamente com Garcia. O inquérito do caso está hoje no Supremo Tribunal Federal, já que Garcia e os outros dois secretários de Alckmin - os tucanos Edson Aparecido (Casa Civil) e José Aníbal (Energia) - são deputados federais licenciados e têm direito a foro privilegiado.

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