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Evento 'valoriza população campesina', afirma Caixa

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Por Eduardo Bresciani e BRASÍLIA
Atualização:

A Caixa Econômica Federal e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) afirmam que os patrocínios concedidos ao evento da Associação Brasil Popular (Abrapo) foram realizados para ampliar a visibilidade das empresas para o setor agrícola.O governo do Distrito Federal, por sua vez, afirmou que a cessão sem custos da área é "prática habitual" em eventos de grande proporção. O MST não respondeu os questionamentos feitos pela reportagem, assim como a Abrapo. Caixa e BNDES não quiseram comentar possíveis danos à imagem institucional por causa do conflito ocorrido na marcha realizada pelo MST.A Caixa afirma que apoiou o evento porque ele "valoriza a população campesina brasileira e oferece oportunidade de intercambiar conhecimentos e culturas do País". Diz também que o patrocínio é "positivo para a imagem do banco como empresa com responsabilidade social, apoiadora de iniciativas voltadas para o desenvolvimento cultural da sociedade brasileira e das práticas de incentivo à difusão do conhecimento". Informa ainda que "a ação também faz parte da estratégia do banco de ampliar a atuação na área rural, com incremento de créditos específicos para o setor agrícola". Segundo a Caixa, o repasse de R$ 200 mil ainda não foi feito porque aguarda a comprovação de despesas da entidade. O BNDES diz que "decidiu apoiar o evento porque entendeu que a mostra tem potencial de contribuir para a comercialização de produtos de agricultura familiar e oriundos de assentamentos da reforma agrária, gerando renda e melhores condições de vida para estes produtores". Afirmou que o projeto está alinhado com o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar, no qual opera uma linha de crédito."Constitui-se numa oportunidade de divulgação de seus programas agrícolas diretamente a esse público", respondeu o banco de fomento. Os dois órgãos do governo federal dizem ter respeitado os critérios da Lei 8.666 para celebrar os contratos sem a exigência de licitação. O governo do Distrito Federal afirmou que na gestão Agnelo Queiroz já foi dado aporte para eventos de "movimentos sociais do campo e da cidade, entidades religiosas, sindicais e estudantis". Diz que, "como prática habitual em eventos de grande proporção e relevância social, o governo do Distrito Federal isenta as entidades". Concluiu dizendo que não pode ser responsabilizado por "eventuais adversidades" ocorridas em marchas e manifestações.

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