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Evento religioso reúne Kassab a tucanos em SP

Na largada para as eleições, Alckmin e Serra prestigiam festa realizada no Estádio do Pacaembu após prefeito ter desafiado decisão judicial e associação

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Por Felipe Frazão
Atualização:

A festa do centenário das Assembleias de Deus levou ontem ao Estádio do Pacaembu 32.940 pessoas (quantidade registrada pelas catracas) e mobilizou uma megaoperação da Prefeitura de São Paulo de limpeza, fiscalização e monitoramento de trânsito para evitar ações judiciais promovidas pela Associação de moradores do bairro, a Viva Pacaembu.Com a proximidade das eleições, também estiveram presentes políticos de diferentes colorações partidárias, já que o voto evangélico é um dos mais disputados pelos candidatos.Os moradores conseguiram determinação da Justiça para limitar eventos no estádio, em 2009. "A sentença judicial tem sido atendida. Os eventos são permitidos e acredito que as limitações têm sido cumpridas", disse o prefeito Gilberto Kassab (PSD). Segundo ele, outros eventos no estádio, se acontecerem, terão a mesma fiscalização.Além de Kassab, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e até o ex-governador José Serra (PSDB) assistiram à celebração em cadeiras reservadas na primeira fileira de autoridades religiosas no palco montado no gramado, em frente da arquibancada do tobogã.O governador se manifestou em apoio à realização de eventos no Pacaembu, desde que atendidas as regras municipais que limitam em 50 decibéis o ruído no bairro. Alckmin e Serra foram cercados por religiosos para tirar fotos e atenderam aos pedidos. Para Kassab, que deixou o estádio pouco antes do fim da cerimônia, eles gritavam: "Kassab, Jesus te ama!", ao que o prefeito respondia com acenos. "É uma Igreja importante, muito séria", disse o prefeito, que liberou a comemoração no estádio e foi homenageado pelo locutor oficial durante o evento.Mutirão. Os secretários municipais de Coordenação das Subprefeituras e de Esportes e Lazer, além dos subprefeitos da Lapa e da Sé, acompanharam as operações pessoalmente, por determinação de Kassab."Hoje vamos apagar a luz do estádio", brincou o secretário Ronaldo Camargo, satisfeito com a tranquilidade do evento religioso. Segundo ele, foram destacados para atuar na fiscalização 200 guardas civis, 230 agentes da CET, 250 fiscais e garis das subprefeituras e 150 policiais militares. Ele disse que não houve registro de grandes apreensões de mercadorias ou incidentes num raio de 500 metros de distância a partir do estádio. "Não vimos marreteiros, nem flanelinhas, nem ônibus estacionados em área residencial."A reportagem flagrou agentes da Guarda Civil Metropolitana repreendendo três flanelinhas que tentavam guardar carros na Rua Itatiara, ao lado do estádio. Eles também tentavam vender capas de chuva e disfarçavam sentados no ponto de ônibus. Mas não foram detidos.

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