20 de outubro de 2018 | 00h12
O candidato do PSDB ao governo do Estado de São Paulo nas eleições 2018, João Doria, participou de sabatina promovida pela RedeTV! nesta sexta-feira, 19. Durante 40 minutos, ele respondeu perguntas de jornalistas da emissora e aproveitou para atacar seu adversário, Márcio França (PSB), além de discutir a corrida à Presidência da República.
Doria criticou a participação de Fernando Haddad (PT) no pleito, afirmando que ele é igual ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso na Operação Lava Jato. "É um candidato que vai se consultar na cadeia e obedece rigorosamente aquilo que o Lula manda que ele faça. Temos o Lula travestido de Haddad, algo que não podemos aceitar. Quero que o Lula apodreça na cadeia."
Ele também criticou o atual governador Márcio França e sua breve gestão, dizendo que se "enganou" a respeito de seu adversário. "Ele não é quem eu imaginava ser, é um homem dissimulado e esquerdista", disse, acusando o opositor de defender o PT e Lula. "Sou contra porque sou anti-PT e só ingressei na vida pública por isso."
O candidato também afirmou que "perdoa" o ex-candidato à Presidência Geraldo Alckmin, que durante reunião do PSDB na semana passada criticou Doria dizendo "traidor eu não sou" e causou mal-estar dentro do partido. "Alckmin é uma pessoa de bem que fez o que pode em uma campanha difícil. Alguém que fica 35 dias rodando o Brasil e consegue menos de 5% dos votos tendo 42 anos de vida pública fica emocionalmente abalado. Eu perdoo o Geraldo por aquela reunião, aquilo não reflete o sentimento dele", disse Doria.
João Doria dedicou pouco tempo para discussão das propostas de seu eventual governo. Entre elas, garantiu que não criará nem aumentará impostos. "Sou liberal e pretendo fazer desonerações fiscais, inclusive, mas ainda é cedo para fazer propostas desse tipo."
Outra ideia do ex-prefeito de São Paulo é a redução do valor dos pedágios nas estradas do Estado, aplicação e tarifas flexíveis e oferta de empresas públicas ao setor privado, incluindo portos, aeroportos e ferrovias. "Vamos acelerar todos esses processos. Todo o sistema ferroviário, por exemplo, será concedido e já sei de empresários chineses e árabes interessados nisso."
Na área de segurança pública, o candidato prometeu 800 novas bases comunitárias em São Paulo, unificação das polícias civil e militar e melhor capacitação para policiais.
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