Em resposta a Dilma, Aécio diz que 'insegurança' causa pessimismo

Adversário da petista na disputa à Presidência, candidato tucano afirma que falta clareza em relação ao futuro da economia

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Por Luciana Nunes Leal
Atualização:

RIO - O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, afirmou na tarde desta sexta-feira, 1º, que há um pessimismo no País decorrente da insegurança causada pela falta de clareza da presidente Dilma Rousseff em relação ao futuro. "O pessimismo não é algo patológico, como quer fazer um crer o governo. O cenário de pessimismo é consequência de una construção desse governo que gera insegurança em todos os agentes econômicos e na sociedade", afirmou

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A presidente, candidata do PT à reeleição, repete com frequência em suas declarações que é preciso combater o discurso "pessimista" propagado por setores que, segundo ela, tentam influenciar os rumos da eleição. A exemplo de Dilma, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse, em entrevista publicada nesta sexta pelo Estado, haver um "pessimismo artificial" e negou que o governo planeje um "tarifaço" em 2015, para compensar reajustes represados este ano.

"O governo mascara números, faz avaliações sempre confrontadas com a realidade e o ministro Mantega talvez seja o melhor exemplo disso", afirmou o tucano nesta tarde. Aécio cobrou posição clara da presidente Dilma Rousseff sobre o setor elétrico, relações internacionais, política de desonerações e papel do BNDES, entre outros temas. Acompanhado da filha mais velha, Gabriela, o candidato participou de gravações para o programa de TV em um hotel da zona sul do Rio.

Na TV. Aécio disse ainda que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso estará em seu programa "na hora que quiser". Segundo o tucano, os primeiros dias de programa na TV serão dedicados a mostrar a biografia, a família, a trajetória política e os principais pontos do programa de governo. Com o tempo, quando se tornar mais conhecido, as propostas ganharão mais espaço.

O tucano pretende repetir a fórmula dos últimos programas do PSDB em que ele conversava com eleitores. "As pessoas têm que saber quem eu sou, minha família, minha vida pública. Saber o que fizemos e o que pretendemos fazer. Esse tripé virá já na largada, com pesos diferentes ao longo da campanha. O tom será muito coloquial", afirmou.

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