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Em cidades sem candidato petista, tema passa longe

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Por Redação
Atualização:

Das 26 capitais, o julgamento do mensalão não foi abordado em 13 delas. O julgamento do mensalão passa longe, por exemplo, de capitais nas quais o PT não tem candidato próprio na disputa, como Florianópolis, Palmas, Macapá, Boa Vista, Aracaju e Maceió. Até mesmo no Rio de Janeiro, onde o candidato do PMDB, Eduardo Paes, foi sub-relator da CPI dos Correios que deu início às investigações do mensalão, o assunto não pegou.Paes conta hoje com o apoio do PT na campanha à reeleição, mas na época era filiado ao PSDB. Mesmo assim, o candidato disse, na última quarta-feira, em entrevista no jornal local da TV Globo, que não mudou as suas convicções e afirmou ter certeza de que o mensalão existiu. Ele, no entanto, isentou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva de ter conhecimento sobre o esquema de compra de votos no Congresso Nacional.O tema também não tem sido abordado onde os petistas estão mal nas pesquisas de intenção de voto, como em Natal, Porto Velho, Campo Grande e Belém. Na capital paraense, nem mesmo o fato de o ex-deputado Paulo Rocha (PT), que é do Pará, ser réu no processo fez os adversários atacarem o candidato do PT, Alfredo Costa.O mau desempenho nas pesquisas seria o motivo: Costa aparece com 2% em um levantamento encomendado esta semana por uma rede de TV.Há também exceções. Em Rio Branco, o petista Marcus Alexandre lidera a disputa municipal, mas, por enquanto, não sofreu ataques envolvendo o mensalão. As críticas por lá concentram-se em questões locais, como denúncias sobre a época em que Alexandre foi diretor do Departamento de Estradas e Rodagens do Acre.Em Teresina, o contexto é outro. O candidato do PSDB, Firmino Filho, que está em primeiro lugar nas pesquisas, não teria utilizado o mensalão contra o PT pois há uma possibilidade de os dois partidos se alinharem no segundo turno. Hoje, o petista Wellington Dias está em terceiro lugar na disputa e deve ficar de fora da próxima etapa. Segundo o cientista político Celso Roma, essa ausência nas campanhas municipais não surpreende. "Vincular o mensalão, um assunto nacional, a uma eleição onde os temas que interessam são locais, é uma tarefa difícil", afirmou.

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