Candidato a vice na chapa de Soninha Francine (PPS), o advogado Lucas Albano (PMN) afirmou na tarde desta quinta-feira, 13, que as eleições deste ano "saíram da rota" com a liderança isolada do candidato do PRB, Celso Russomanno, nas recentes pesquisas de intenção de voto. Para Albano, o apoio de lideranças religiosas recebido pelo candidato do PRB poderá será cobrado, caso ele venha a ser eleito em outubro. "Foi uma surpresa para todo mundo esse avanço do Russomanno. É um candidato que é parlamentar há muito tempo, mas é mais conhecido pelos programas (de televisão) que fez. Não sei se seria o candidato ideal, está sendo amparado, e isso não é segredo nenhum, por umas facções religiosas", afirmou. "Obviamente se ele for eleito (essas igrejas) vão apresentar a fatura e não sei a posição dele com relação a isso", disse durante a série Entrevistas Estadão.Para exemplificar a opinião de que, caso seja eleito, Russomanno poderá ser cobrado pelo apoio que vem recebendo de lideranças religiosas, o vice na chapa de Soninha Francine citou o ministro da Pesca, Marcelo Crivella (PRB), correligionário de Russomanno: "O PT teve apoio da igreja (universal nas eleições presidenciais de 2010) e, em contrapartida, eles exigiram um ministério", frisou.Albano disse que, neste pleito, seu partido foi procurado por diversas siglas para formar aliança, inclusive pelo PSDB, de José Serra, com quem esteve coligado nas eleições para o governo do Estado em 2010. "O PSDB nos procurou e, devido à coligação com o PSD, do (prefeito Gilberto) Kassab, decidimos não apoiar. O prefeito causou um mal ao PMN", disse. Ele contou que três dos cinco deputados federais do PMN migraram para o PSD. "Reduziu pela metade nossa participação no fundo partidário", queixou-se.