Divisão entre direita e esquerda não resolve problemas do País, diz Aldo

Para presidenciável, é preciso restabelecer o equilíbrio da vida democrática brasileira e resgatar os municípios como referência da vida política

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Por Roberta Pennafort e Renata Batista
Atualização:

RIO - O pré-candidato do Solidariedade à Presidência da República, Aldo Rebelo, disse nesta terça-feira, 8, durante a 73ª Reunião Geral da Frente Nacional dos Prefeitos, em Niterói, Região Metropolitana do Rio, que é preciso "restabelecer o equilíbrio da vida democrática brasileira" e resgatar os municípios como "entes de referência e atores da vida política democrática", "para a solução de todos os seus desafios". Outros dez presidenciáveis também participaram do evento.

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"Que tipo de País nós teremos se as diferenças políticas resvalarem na violência?", disse Rebelo, referindo-se aos tiros contra a caravana do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Ou se restabelece o equilíbrio da vida democrática ou não vamos conhecer soluções permanentes e profundas para os nossos problemas. O Brasil não tem saída fora da democracia e a democracia não tem saída fora da política".

Aldo Rebelo em evento da Frente Nacional dos Prefeitos no RJ Foto: Fabio Motta /Estadão

"O Brasil é um dos poucos países onde o município figura como ente federativo pleno", ele discorreu à plateia de prefeitos, e é preciso "fazer o debate sobre a repactuação da federação, para que este seja plenamente reconhecido como ente jurídico institucional, valorizado politicamente e socialmente na formulação da renda do país".

+ Álvaro Dias diz que eleições de 2018 são as mais importantes desde 1989 Rebelo disse que suas bandeiras de campanha são a redução das desigualdades sociais, a retomada do crescimento da economia e a preservação da democracia. Ao ser questionado se acredita na viabilidade de uma união da esquerda já no primeiro turno, respondeu que não vê razão para que o País seja dividido entre os alinhados à direita ou à esquerda, por acreditar que o desejo pelo desenvolvimento é de todos. "O próprio governo Lula tinha pessoas que não eram de esquerda, foi uma composição de forças muito ampla. Dividir o País não vai resolver nossos problemas".

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A reunião de prefeitos é o primeiro evento com múltiplos candidatos nesta fase de pré-campanha eleitoral. Os presidenciáveis falam separadamente, depois de assistirem a um vídeo onde são mencionadas propostas discutidas pelos prefeitos nos últimos dias.

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Participaram Rodrigo Maia (DEM), Álvaro Dias (PODE), Geraldo Alckmin (PSDB), Guilherme Afif Domingos (PSD), Manuela D'Ávila (PCdoB), Marina Silva (REDE), Ciro Gomes (PDT), Guilherme Boulos (PSOL), Henrique Meirelles (MDB) e Paulo Rabello (PSC).

Foram convidados os candidatos mais bem posicionados nas pesquisas ou que são de partidos com pelo menos cinco parlamentares. O deputado Jair Bolsonaro (PSL) não compareceu e não justificou a ausência, diante do questionamento do Estado. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que está preso, pediu para enviar um representante, mas a FNP não concordou. Então Lula enviou uma carta à entidade com seu posicionamento. 

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