PORTO ALEGRE – Com o avanço da campanha eleitoral, os candidatos em Porto Alegre trouxeram para o debate a garantia de vacinação da população contra o coronavírus. A promessa vem sendo externada e registrada até em planos de governo dos concorrentes ao Executivo municipal.
A candidata Manuela D’Ávila (PCdoB) sustenta que a prefeitura deve firmar acordos com laboratórios, como os que já foram realizados em São Paulo e Bahia, porque há, segundo ela, “inoperância do Planalto” nessa questão.
No entanto, detalhes a respeito do financiamento para compra das vacinas, muitas vezes, não são detalhados. Em seu plano de governo, Juliana Brizola (PDT) propõe “imunizar, de forma rápida e eficaz, 100% da população” por meio do Programa Porto Alegre Vacina.
O programa do vice-prefeito Gustavo Paim (PP) assegura que o “processo de imunização contra a covid-19 deverá ter prioridade máxima”, sem mais detalhes. Valter Nagelstein (PSD) também assumiu compromisso de “garantir a vacina contra a covid-19 para todo o cidadão porto-alegrense”. Da mesma maneira, não dá detalhes a respeito.
José Fortunati (PTB) aposta na compra de doses com recursos oriundos do Fundo Municipal Especial, prestes a ser votado na Câmara Municipal. Fernanda Melchionna (PSOL) entende que é papel do governo municipal garantir a vacinação em massa. O financiamento viria da cobrança de empresas devedoras de ISSQN. Sebastião Melo (MDB) defende a articulação de prefeitos da região para garantir a vacina.
Para o infectologista Alexandre Zavascki, chefe do Serviço de Infectologia do Hospital Moinhos de Vento e professor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a promessa é “frágil e complexa”. “O candidato está contando com um resultado que ainda não temos. Além disso, prometer uma vacina independentemente do governo estadual ou federal, depende de um acordo direto com a empresa produtora”, diz.