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Disputa por vacina entra na corrida eleitoral de Porto Alegre

Candidatos prometem parceria com laboratórios, compra de medicamentos e até imunizar a população contra a covid-19; infectologista critica

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Por Lucas Rivas
Atualização:

PORTO ALEGRE – Com o avanço da campanha eleitoral, os candidatos em Porto Alegre trouxeram para o debate a garantia de vacinação da população contra o coronavírus. A promessa vem sendo externada e registrada até em planos de governo dos concorrentes ao Executivo municipal.

A candidata Manuela D’Ávila (PCdoB) sustenta que a prefeitura deve firmar acordos com laboratórios, como os que já foram realizados em São Paulo e Bahia, porque há, segundo ela, “inoperância do Planalto” nessa questão.

A candidata Manuela D'Ávila (PCdoB) lidera a pesquisa eleitoral em Porto Alegre e foi atacada pelo ex-namorado no debate de ontem Foto: Ricardo Moraes/Reuters

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No entanto, detalhes a respeito do financiamento para compra das vacinas, muitas vezes, não são detalhados. Em seu plano de governo, Juliana Brizola (PDT) propõe “imunizar, de forma rápida e eficaz, 100% da população” por meio do Programa Porto Alegre Vacina.

O programa do vice-prefeito Gustavo Paim (PP) assegura que o “processo de imunização contra a covid-19 deverá ter prioridade máxima”, sem mais detalhes. Valter Nagelstein (PSD) também assumiu compromisso de “garantir a vacina contra a covid-19 para todo o cidadão porto-alegrense”. Da mesma maneira, não dá detalhes a respeito.

José Fortunati (PTB) aposta na compra de doses com recursos oriundos do Fundo Municipal Especial, prestes a ser votado na Câmara Municipal. Fernanda Melchionna (PSOL) entende que é papel do governo municipal garantir a vacinação em massa. O financiamento viria da cobrança de empresas devedoras de ISSQN. Sebastião Melo (MDB) defende a articulação de prefeitos da região para garantir a vacina.

Para o infectologista Alexandre Zavascki, chefe do Serviço de Infectologia do Hospital Moinhos de Vento e professor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a promessa é “frágil e complexa”. “O candidato está contando com um resultado que ainda não temos. Além disso, prometer uma vacina independentemente do governo estadual ou federal, depende de um acordo direto com a empresa produtora”, diz.

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