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Direção do PT vai a evento e faz elogios ao movimento

Rui Falcão diz que MST 'representa avanço que impulsiona a democracia'; presença integra tática de reaproximação

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Por Rafael Moraes Moura e BRASÍLIA
Atualização:

Em um movimento combinado com o Palácio do Planalto, o PT deu início ontem a um processo de reaproximação com Movimento dos Sem Terra. O presidente do PT, Rui Falcão, e o governador petista do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, participaram de um ato político no congresso nacional do movimento, em Brasília. A ideia é impedir que integrantes do movimento deixem de apoiar a reeleição da presidente Dilma Rousseff e migrem para outra candidatura, como a do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB). Falcão disse que a presidente Dilma Rousseff adotou um "pronto mecanismo de negociação e análise das demandas justas dos movimentos". "Para o PT, que tem no seu DNA o compromisso com as lutas do povo explorado e oprimido, o MST representa um avanço que impulsiona a democracia no Brasil e favorece a aprovação de reformas estruturais que nós demandamos, e que a correlação de forças na sociedade e no Parlamento não permitiu que se efetivasse", disse Falcão.'Monopólio'. Falcão defendeu o combate "ao monopólio do dinheiro" e da "informação". "É preciso quebrar esses monopólios para que o Brasil possa avançar na democracia", afirmou. Por sua vez, Genro disse que o povo brasileiro é "devedor do MST". E prosseguiu: "Se é verdade que no Brasil algum movimento popular teve influência nas grandes decisões de Estado, não podemos nos esquecer que o MST esteve sempre na raiz, no impulso desses movimentos".Quando ele falava, cerca de 60% das cadeiras do local estavam ocupadas - no anel superior, a maioria dos assentos estava vazia. "Na democracia, os movimentos com bandeira, direção, programa e rosto são os que têm capacidade de mudar e aprofundar a revolução democrática em nosso País", disse ainda, provocando aplausos.

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