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Dilma vai levar crise hídrica para disputa

Campanha petista quer aproveitar queixas de falta d’água para se recuperar em São Paulo

Foto do author Pedro  Venceslau
Por Ricardo Galhardo e Pedro Venceslau
Atualização:

A campanha da presidente Dilma Rousseff vai colocar a crise de abastecimento de água em São Paulo no centro do debate eleitoral. A equipe do publicitário João Santana esconde os detalhes, mas integrantes do comitê pretendem usar os últimos dias da campanha para alardear a crise e, assim, desgastar o PSDB no Estado onde o PT sofreu sua pior derrota. A ideia é usar as declarações da presidente da Sabesp, Dilma Pena, que esta semana admitiu que pode faltar água em novembro, e os casos de desabastecimento registrados pela imprensa para dizer que o PSDB paulista cometeu um “estelionato eleitoral” ao esconder a gravidade da crise.

A avaliação no PT é de que a eleição será decidida em São Paulo e o partido acha possível reverter parte dos votos que Aécio Neves teve no 1.º turno.

"Não podíamos falar a palavra "seca". Só alertar para a economia. Não podíamos falar da gravidade da situação", argumentou a presidente da Sabesp, Dilma Pena Foto: Nilton Fukuda/Estadão

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Desde o fim de semana, o partido desencadeou uma série de atividades com ênfase no centro da cidade e no chamado cinturão vermelho - cidades da região metropolitana e bairros periféricos onde o PT tem forte aceitação.

“É impossível calcular a quantidade de eventos que estão acontecendo. É agora que a campanha fica boa, quando a gente não controla mais”, disse o coordenador da campanha de Dilma em São Paulo, Luiz Marinho.

No sábado, governadores nordestinos da base aliada participarão de diversos atos que vão culminar no Centro de

Tradições Nordestinas. Candidatos a deputados eleitos e derrotados receberam ordem de manter seu pessoal nas ruas. Uma das metas é dobrar o número de cabos eleitorais (pagos ou não) na reta final.

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Movimentos sociais ligados ao partido, alguns com participação importante nos protestos de junho de 2013, estão fazendo campanha de casa em casa em alguns bairros. “Alguns moradores reclamam que o candidato não é Lula. Nesses casos, explicamos que ela (Dilma) tinha o direito e está dando continuidade aos programas dele”, disse Bonfim.

Além disso, há uma força-tarefa para tentar convencer a ministra da Cultura, Marta Suplicy, a se engajar. Ela ficou irritada por ter sido expulsa do carro de Dilma pelo presidente nacional do PT, Rui Falcão, em um ato em Santo Amaro, há cerca de duas semanas, e reagiu dizendo: “Quem tem voto aqui sou eu”. 

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