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Dilma inaugura hospital com apenas 20% da capacidade

Obra no interior do Rio de Janeiro custou R$ 46,4 milhões e só funcionará a plena capacidade em setembro

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Por Daniela Amorim (Broadcast) e Luciana Nunes Leal
Atualização:

Atualizado às 21h43 - Saquarema - A presidente Dilma Rousseff inaugurou nesta segunda-feira, 30,, ao lado do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB), em Saquarema, o Hospital Estadual dos Lagos – que, segundo o próprio Ministério da Saúde, nos meses iniciais vai funcionar com apenas 20% da capacidade. Seu pleno funcionamento está programado para setembro, quando a lei proíbe a presidente de participar de inaugurações.

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Embora tenha três candidatos a presidente em seu palanque – além de Dilma, o tucano Aécio Neves e o Pastor Everaldo, do PSC –, Pezão fez questão de dizer a Dilma que as “cotoveladas” do período eleitoral não atrapalharão o bom relacionamento entre Estado e União registrado nos últimos sete anos e meio. O governador prometeu novas parcerias no futuro. 

Dilma desembarcou no Rio uma semana depois de o governador receber apoio formal do DEM e do PSDB. O DEM indicou o ex-prefeito Cesar Maia candidato ao Senado. O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), definiu essas alianças como “bacanal eleitoral”. Incluído o nanico PHS, a coligação de Pezão soma 19 partidos. 

Nos últimos dias, Pezão tem oscilado entre exaltar a aliança pluripartidária e prometer “trabalhar” pela reeleição de Dilma. Ontem, buscando sepultar qualquer desavença com a presidente, ele fez um discurso de gratidão. “Presidente, nosso eterno agradecimento por essa parceria que a gente fez e vai continuar a fazer. Há uma série de conquistas e nada paga isso. As diferenças, as cotoveladas que vêm por aí, no período eleitoral... nossa parceria está acima das questões partidárias e políticas. O melhor que tivemos nesses sete anos e seis meses foi o convívio com a senhora e com o (ex) presidente Lula. Aqui o governador brigava com prefeito e com o presidente e a gente pagava o pato”, discursou Pezão. 

Dilma retribuiu os elogios afirmando que Pezão “é uma pessoa fantástica e quem o conhece sabe da sua qualidade”. 

Última semana. A presidente aproveita a última semana permitida pela legislação eleitoral para que candidatos inaugurem obras públicas. O hospital inaugurado ontem não teve recursos federais – foram investidos R$ 41,7 milhões do governo do Estado e R$ 4,7 milhões da prefeitura. A participação da União será o repasse anual de R$ 30,69 milhões para custeio, a partir de 2015. Este ano, o repasse será de R$ 12 milhões. 

O município de Saquarema é a principal base eleitoral do presidente da Assembleia Legislativa do Rio, Paulo Melo (PMDB), marido da prefeita Franciane Motta, do mesmo partido. Melo integra a ala do PMDB fluminense que promete apoio a Dilma, apesar de uma forte dissidência favorável a Aécio Neves. 

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Segurança. Em sua fala, Dilma exaltou a política de saúde do governo e, depois, falou de Copa do Mundo. “Demos uma goleada nos que anunciavam o caos”, comemorou, aplaudida pela plateia, que já a havia recebido com gritos e aplausos. “Agora temos que torcer para que tenhamos no campo o que merecemos, uma vitória justa”, afirmou a presidente.

Um forte aparato de segurança, com Exército e Polícia Militar, foi montado para a visita. Destinado a atender nove cidades da Região dos Lagos nas especialidades de trauma ortopédico e maternidade de alto risco, o hospital só terá, de início, ambulatório cirúrgico, serviço de imagem e maternidade para gestantes de baixo risco. Em plena atividade, ele terá capacidade para 260 internações e 180 cirurgias mensais, além de atender grávidas de alto risco. Ele começa a funcionar com 450 profissionais. 

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