Dilma diz que Mantega já avisou que não fica para segundo mandato

Ministro da Fazenda teria alegado 'questões pessoais' para deixar governo em caso de reeleição da candidata do PT

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Por Stefânia Akel , Carla Araujo e Rafael Moura
Atualização:
A presidente frisou que "nunca" dirá quem serão seus ministros em um segundo mandato, repetindo que isso dá azar Foto: Eduardo Nicolau/Estadão

A presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou que seu ministro da Fazenda, Guido Mantega, comunicou que não tem como permanecer no cargo em um eventual segundo mandato da petista por questões pessoais. 

"Eu vi que depois que eu falei em equipe nova, governo novo, as pessoas fizeram várias ilações sobre o Guido Mantega. Em tese, vale para todo mundo", afirmou. "Um governo novo tem, necessariamente, mesmo sendo da mesma pessoa, a obrigação de melhorar a gestão. Pretendo melhorar a gestão", acrescentou. Dilma afirmou que não vai aplicar tudo igual ao que vem fazendo. "A gente aprende muito ao longo do processo e escuta muito também", disse. A presidente frisou que "nunca" dirá quem serão seus ministros em um segundo mandato, repetindo que isso dá azar, e afirmou que o Brasil vai entrar em uma nova fase. "Temos condições robustas, ao contrário do que dizem alguns que disputam comigo, para passar para uma nova fase", disse. Dilma reforçou que o Brasil passou pela crise garantindo empregos e valorização dos salários, além de investimentos em infraestrutura e inovação. "Teve governo que proibiu que se fizesse escola técnica federal", criticou. Sobre a política econômica em um eventual segundo mandato, Dilma afirmou que haverá "várias mudanças". "Agora temos condições de diminuir alguns incentivos, outros não. Vamos continuar focados em emprego e garantia de salários", disse. A presidente disse não concordar que a raiz da inflação seja a política de valorização do salário mínimo. Dilma também defendeu uma nova política de segurança pública, com integração das polícias como ocorreu na Copa do Mundo.

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