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Dilma avalia com aliados impactos das denúncias de ex-diretor e doleiro

Primeiras orientações da campanha são de rebater às declarações sobre suspeitas de esquema de corrupção na Petrobrás

Por Tania Monteiro
Atualização:

Brasília - A presidente Dilma Rousseff está no Palácio da Alvorada, na manhã desta sexta-feira, 10, reunida com seus coordenadores de campanha para avaliar possíveis estragos que podem ser causados à sua campanha à reeleição pelas denúncias do ex-diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef. Em depoimentos à Justiça, os dois disseram que PT, PMDB e PP ficavam com uma porcentagem dos contratos assinados pela empresa estatal. Dilma está também gravando programas eleitorais para serem exibidos pelas emissoras de rádio e TV. Não está decidido ainda, mas a presidente Dilma poderá, antes de decolar às 13h30 para o Rio Grande do Sul, dar entrevista coletiva à imprensa no Alvorada.

No governo, as denúncias foram recebidas com perplexidade e muita preocupação. As primeiras orientações são de que a campanha não deve ficar na defensiva, mas "responder à altura" todas as denúncias. Além disso, deve insistir com o discurso de que a presidente Dilma nunca jogou denúncia de corrupção para baixo do tapete e que é a Polícia Federal de seu governo quem apura e descobre os mal feitos, prendendo os responsáveis por eles.

Dilma em campanha 

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Depois de cumprir sua última primeira agenda por cinco cidades do Nordeste, a presidente embarca para Canoas (RS), onde se encontra com lideranças locais e participa de carreata. No Rio Grande do Sul, Dilma obteve 43% dos votos e Aécio Neves, 41%. Dilma quer os 12% de votos do Rio Grande do Sul de Marina Silva, do PSB, derrotada no primeiro turno.

No sábado, a presidente irá à Contagem, Minas Gerais, para, mais uma vez, sair em busca dos votos de Marina, que somaram 14% do eleitorado local. Dilma quer assegurar a vantagem de 3% dos votos que obteve em seu Minas, terra do seu adversário Aécio Neves, assim como conquistar os 14% de Marina Silva.

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