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Dilma abre 8 pontos sobre Marina no 1º turno; candidatas têm empate técnico no 2º

O candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, aparece em terceiro lugar com 15% das intenções de voto

Por JEFERSON RIBEIRO
Atualização:

A presidente Dilma Rousseff, que concorre à reeleição pelo PT, lidera as intenções de voto para o primeiro turno, com 39 por cento, contra 31 por cento de Marina Silva (PSB) e as duas estão em empate técnico na simulação de uma segunda rodada de votação, mostrou nesta sexta-feira a pesquisa CNI/Ibope.

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O candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, aparece em terceiro lugar com 15 por cento das intenções de voto.

A menos de um mês da eleição, havia expectativa entre os tucanos que a denúncia envolvendo a Petrobras e políticos da base aliada de Dilma no Congresso pudesse ter influência eleitoral a favor do PSDB, mas os números indicam que isso não aconteceu, pelo menos por ora.

"Aparentemente pelo que a gente está vendo não (teve nenhum impacto da denúncia). Não teve praticamente nenhuma mudança dos patamares (de intenção de voto)", disse o gerente executivo de pesquisas e competitividade da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Renato da Fonseca.

"Eu vi a denúncia e não vi muita discussão sobre o assunto", acrescentou Fonseca. Informações obtidas com vazamentos de depoimentos do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa mostraram que políticos e partidos receberiam uma espécie de "pedágio" por contratos fechados com a estatal.

Mas Fonseca não descartou que possa vir a ocorrer impacto eleitoral, ainda que isso "vai depender muito" de como a denúncia evoluir.

A pesquisa encomendada pela Confederação Nacional da Indústria também mostrou que Marina e Dilma estão em empate técnico numa simulação de segundo turno. A candidata do PSB tem 43 por cento contra 42 por cento da petista.

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Numa eventual disputa de segundo turno contra Aécio, as duas candidatas venceriam com folga a eleição. Dilma teria 48 por cento contra 33 do tucano. Marina venceria com diferença ainda maior: 51 a 27 por cento.

A última pesquisa eleitoral contratada pela CNI é de junho, o que impede a comparação dos cenários eleitorais anteriores, já que o candidato do PSB à época era Eduardo Campos, que morreu num acidente aéreo em agosto, em Santos.

RECUPERAÇÃO DE DILMA Comparando os números divulgados nesta manhã, com a pesquisa Ibope publicada na semana passada --que havia sido encomendada pelo jornal O Estado de S. Paulo e pela TV Globo-- as variações ficaram dentro da margem de erro de 2 pontos percentuais. Naquele levantamento, para o primeiro turno Dilma tinha 37 por cento das intenções de voto, Marina somava 33 por cento e Aécio 15 por cento. Na simulação de segundo turno, a candidata do PSB derrotava a presidente por 46 a 39 por cento. Os novos números reforçam que Dilma recuperou um pouco de terreno, como pesquisa Datafolha divulgada na quarta-feira já tinha mostrado. Naquela sondagem Marina mantinha vantagem numérica sobre a presidente na simulação de segundo turno, mas no limite da margem de erro: 47 a 43 por cento --na anterior a candidata do PSB vencia o segundo turno por 48 a 41 por cento. Apesar da grande vantagem de Dilma e Marina sobre Aécio, Fonseca disse que ainda não é possível garantir que a eleição no primeiro turno já está definida e que já é certo um segundo turno entre Marina e Dilma. "Não está resolvido, tem uma quantidade grande de indecisos e (eleitores) que podem mudar de opinião", argumentou. Se Dilma mostrou uma melhora marginal nas pesquisas mais recentes, seu índice de rejeição na pesquisa CNI/Ibope ainda é o maior entre os principais candidatos. O levantamento mostra que 42 por cento das pessoas não votariam de jeito nenhum na presidente. A rejeição de Aécio é de 35 por cento e a de Marina 26 por cento.

AVALIAÇÃO DE GOVERNO De acordo com a pesquisa desta sexta, a avaliação ótima/boa do governo Dilma subiu para 38 por cento em setembro, ante 31 por cento de junho, enquanto a avaliação ruim/péssimo caiu de 33 por cento para 28 por cento. O percentual de eleitores que consideram o governo regular variou dentro da margem de erro, de 34 por cento para 33 por cento. Quando comparadas com o levantamento Ibope da semana passada, as taxas oscilaram dentro da margem de erro. Avaliação ótima/boa era de 36 por cento, ruim/péssima estava em 26 por cento e a regular era de 37 por cento. Os números desta manhã mostraram que a aprovação pessoal de Dilma subiu de 44 por cento em junho para 48 por cento, e a desaprovação caiu de 50 por cento para 46 por cento. O Ibope ouviu 2.002 pessoas, em 142 cidades, entre 5 e 8 de setembro. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais.

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