DEM ingressa com representação contra Dilma na PGR

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Por Sandra Manfrini
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O DEM protocolou hoje uma representação na Procuradoria Geral da República (PGR) para que seja apurada a ocorrência de improbidade administrativa ou crime de responsabilidade supostamente praticado pela ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, e outros agentes públicos, durante evento de ontem com representantes de movimentos sociais no Palácio do Planalto. Na ocasião, vários representantes defenderam a candidatura de Dilma à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o que provocou aplausos favoráveis ao nome da ministra, presente à solenidade. Segundo a representação encaminhada pelo DEM, pelas reportagens publicadas hoje na imprensa "se antevê que a referida solenidade, programada para divulgar os resultados do governo federal na área social, terminou se transformando num evento de natureza eminentemente política, dado que serviu para promover uma possível candidatura da representada à sucessão do atual presidente da República". No documento, o partido alega que "há fortes indícios de que a ida dos vários representantes dos movimentos sociais ao evento" foi custeada pelo governo. Para o DEM, não há dúvidas de que a conduta da ministra ultrapassou os limites impostos pela Constituição Federal no que diz respeito ao veto da promoção pessoal de autoridades públicas. Ao final da representação, o DEM solicita que sejam apuradas as responsabilidades e adotadas medidas cabíveis. Entre as providências pedidas está "declarar a perda da função pública, a suspensão dos direitos políticos de três a cinco anos da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, além de impor o pagamento de multa civil de até 100 vezes o valor da remuneração por ela recebida".

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