DEM aposta em Kassab para fortalecer partido

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Por AE
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Em ampla vantagem nas pesquisas de intenção de voto do segundo turno eleitoral, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), não concorre apenas à reeleição no próximo domingo. Sua vitória faz parte de um projeto mais amplo de revigoramento nacional do DEM, enfraquecido por uma sucessão de derrotas regionais nas últimas eleições. O chamado "projeto Kassab" prevê a permanência do prefeito no cargo até o fim do mandato, em 2012, sem disputar o governo do Estado. Como ficaria no posto até o fim, ele criaria uma espécie de "marca DEM" em administrações municipais, a ser exibida, a partir da eleição, como um cartão de apresentação da legenda e a ser divulgado pelo País. Além disso, uma vez reeleito, o prefeito de São Paulo se transformará automaticamente na maior estrela do partido e referência obrigatória nas costuras políticas para a sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2010. Para reforçar esse projeto, Kassab e o comando nacional do partido ampliaram a mobilização na reta final de campanha para tentar garantir a maior vitória possível sobre a petista Marta Suplicy. Além de manter o controle da maior cidade do País, o DEM quer capitalizar o simbolismo político de uma vitória com folga sobre uma adversária de grande expressão, como é o caso de Marta, ex-prefeita da cidade e ex-ministra do Turismo, que recebeu, nos dois turnos, o apoio de Lula e da ministra da Casa Civil, Dilma Roussef. "Dentro do DEM, todos já tínhamos a percepção da importância que Kassab tem para o partido. Para nós, ele nunca foi visto como um vice-prefeito de São Paulo que assumiu casualmente a prefeitura com a ida de José Serra para o governo do Estado", destaca o presidente nacional do DEM, deputado Rodrigo Maia. "Sempre o vimos como um político importante, com grande capacidade de articulação e de administração. Mas é evidente que a vitória no segundo turno em São Paulo lhe dará uma enorme visibilidade nacional e também será extremamente importante para o partido", completa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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