
29 de agosto de 2013 | 02h06
Pimenta também é réu no caso. Ele foi acusado de pagar pelo silêncio dos denunciados de executarem os auditores fiscais Nélson José da Silva, Erastótenes de Almeida Gonsalves e João Batista Soares Lage, e do motorista Aílton Pereira de Oliveira. O empresário fez em 2007 um acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal e foi ouvido ontem como testemunha.
Mais de nove anos depois do crime, Rogério Allan Rocha Rios, Erinaldo de Vasconcelos Silva e William Gomes de Miranda estão sendo julgados pelo Tribunal do Júri Federal, em Belo Horizonte.
A oitiva de Pimenta durou cerca de duas horas. Ele contou que, no dia 27 de janeiro, véspera do crime, estava presente quando José Alberto de Carvalho - outro réu - conversou por telefone com Francisco Pinheiro, acusado de ser o agenciador dos pistoleiros. Segundo o empresário, o auditor Nélson José da Silva seria assassinado naquele dia, mas Francisco informou que havia muita gente com a vítima. "Fala com o Chico que é para torar (matar) todo mundo", contou, se referindo à suposta fala de Norberto.
Pimenta também afirmou que depois de serem presos, na carceragem da Polícia Federal, Norberto Mânica ofereceu R$ 300 mil para que Erinaldo assumisse que o crime foi um latrocínio. Rogério Allan também receberia R$ 200 mil. Após o depoimento, questionado por jornalistas, ele isentou Antério Mânica, irmão de Norberto e ex-prefeito de Unaí, de participação no crime. O advogado de Norberto Mânica não foi localizado.
Hugo Pimenta, Norberto Mânica, Humberto Ribeiro dos Santos e José Alberto de Carvalho devem ser julgados no dia 17 de setembro. O julgamento de Antério Mânica ainda não tem data. Francisco Pinheiro morreu em janeiro deste ano.
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