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Debate da Band teve mais animação na platéia

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Por CAROLINA RUHMAN E CAROLINA FREITAS
Atualização:

O debate entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo na Rede Bandeirantes teve momentos mais quentes e divertidos, embora o clima geral da noite tenha sido morno. Enquanto os candidatos trocavam farpas na frente das câmeras, a platéia - formada basicamente por políticos e partidários dos candidatos - reagia. A impressão que ficou entre os petistas foi de que os candidatos do PPS, Soninha Francine, e do PMN, Renato Reichmann, estavam alinhados com o prefeito e candidato a reeleição pelo DEM, Gilberto Kassab. O comentário era de que as perguntas e respostas entre os três pareciam "ensaiadas". Por três vezes, os candidatos escolheram-se mutuamente para responder questões. Em duas vezes Kassab chamou Soninha e em outra Reichmann escolheu Kassab. A bancada do PT reagiu com gargalhadas de deboche. Estavam sentados juntos, na primeira fileira, os deputados federais Ricardo Berzoini, Jilmar Tatto e Carlos Zarattini (coordenador da campanha de Marta) e o deputado estadual Rui Falcão. Já a lista dos partidários do DEM incluía os ex-governadores de São Paulo Claudio Lembo e Orestes Quércia, além do coordenador de campanha de Kassab, Rubens Jordão. Lembo e Quércia trocaram comentários a noite toda. Já a ex-PSDB Zulaiê Cobra, atual PHS, sentada na fileira de trás, reagiu indignada quando Marta atribuiu as boas finanças de São Paulo ao contexto econômico positivo do governo Luiz Inácio Lula da Silva. "Aqui não! O Lula só dá dinheiro para quem ele quer", protestou. Durante um desanimado debate entre Soninha e o candidato do PTC, Ciro Moura, sobre como lidariam com os vereadores de São Paulo se eleitos, o deputado federal Julio Semeghini (PSDB-SP) quase cochilou várias vezes e, para espantar o sono, baixou a cabeça e coçou os olhos. A esposa de Alckmin, Lu, enrolada em uma manta por causa do ar condicionado no estúdio, bocejou. Lu Alckmin não foi a única a reclamar do frio. Soninha colocou no intervalo entre o primeiro e o segundo blocos uma malha amarela, enquanto Marta fez sinais de que sentia frio para o jornalista Boris Casoy, que mediou o debate. No bloco seguinte, a temperatura do ar condicionado foi elevada. Constrangimentos Os candidatos "nanicos" foram vítimas de confusão com seus nomes. A primeira vez foi o jornalista Boris Casoy, que chamou Ciro Moura de Ciro Gomes. Casoy pediu desculpas e Moura minimizou a gafe, dizendo que Gomes "copiou" seu nome. Depois, foi a vez de Geraldo Alckmin, que chamou Renato Reichmann de Ricardo. Outro momento delicado ficou por conta do encontro do ex e do atual marido de Marta Suplicy. Antes do inicio do debate, o senador Eduardo Suplicy entrou no estúdio, onde já estava Luis Favre. Os dois conversavam com correligionários da petista e partiu de Favre a iniciativa de cumprimentar Suplicy. Foi um breve aperto de mão. Suplicy, que no primeiro debate da Band, ficou sentado no chão, desta vez estava sentado na segunda fileira, atrás de Favre.

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