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Debate começa com acusações sobre declarações de Serra

Por Cecilia Nascimento
Atualização:

Acusações mútuas marcaram os primeiros minutos do último debate antes do segundo turno entre os candidatos à prefeitura de São Paulo, Marta Suplicy (PT) e Gilberto Kassab (DEM) , que começou há pouco na sede da Rede Record, na capital paulista. O debate começou com o pedido de uma jornalista da emissora para que o Gilberto Kassab comentasse as declarações do governador de S.Paulo, José Serra, na última sexta-feira (17), de que os conflitos entre policiais civis e militares no dia anterior, em frente ao Palácio dos Bandeirantes, foram motivados por questões eleitoreiras, com envolvimento do deputado e sindicalista Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, da Força Sindical, entidade que apóia a candidatura de Marta. Kassab foi solicitado ainda a comentar declaração feita hoje pelo presidente Lula durante comício no ABD paulista de que o governador deveria pedir desculpas ao Partido dos Trabalhadores por tal declaração. Kassab respondeu: "O governador Serra tem espírito público, tem dialogado com as polícias e que havia informações de que Paulinho já estava organizando, publicamente, manifestações ao movimento das polícias. O caminho é sempre o diálogo". Quanto à declaração do presidente Lula, Kassab disse que "Lula fez essa declaração como político, não como presidente. Como presidente, ele tem espírito público, ou pelo menos deveria ter". Em seguida, a candidata comentou a resposta do adversário afirmando que as declarações de Serra foram uma provocação, uma manifestação eleitoral a favor de Kassab. "O PT sempre é vítima, isso aconteceu no seqüestro do [empresário] Abílio Diniz, quando se criou uma situação horrorosa contra o partido. O PSDB e o DEM não conseguem criar uma mesa de negociação. Fui prefeita durante 4 anos e nunca vi isso". O debate segue em clima tenso, com manifestações da platéia. Em 20 minutos de programa, o apresentador, o jornalista Celso Freitas, já solicitou quatro vezes que aos convidados que permaneçam em silêncio.

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