
23 de setembro de 2014 | 21h44
BRASÍLIA - O anúncio feito pelo presidente do PSB, Roberto Amaral, de realizar a escolha dos novos dirigentes do partido antes do 1.º turno das eleições causou reações contrárias de setores da legenda e pode causar um racha na reta final da campanha presidencial, encabeçada pela candidata à Presidência Marina Silva.
“Agora está todo mundo agarrado na eleição, como a gente vai fazer uma escolha da uma nova Executiva não aguardando a abertura das urnas para poder saber qual é cara do partido?”, questionou o vice-presidente nacional do PSB e candidato ao Senado, Fernando Bezerra Coelho. O diretório de Pernambuco, do qual Bezerra faz parte, vinha defendendo nos bastidores o lançamento de Geraldo Júlio, prefeito do Recife, para comandar o partido.
Integrante da Executiva, o deputado Márcio França, candidato a vice na chapa do tucano Geraldo Alckmin em São Paulo, afirmou que a data foi acertada antes das eleições. “Esse cronograma foi deixado pelo Eduardo antes de ele falecer e o Roberto Amaral está seguindo o roteiro”. Sobre um possível racha, afirmou: “Se houver votação, tem 125 pessoas aptas a votar e cada um vai se posicionar.” Na Rede, grupo de Marina abrigado no PSB, a medida foi vista como uma tentativa de Amaral garantir um posto estratégico no futuro diante da incerteza do resultado das eleições.
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