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Dados de veículos oficiais ainda são caixa-preta

Por BRASÍLIA
Atualização:

Dos 33 ministérios que responderam ao questionário do Estado, dois não comunicaram quanto foi gasto com o combustível do veículo oficial dos seus titulares: a Secretaria de Relações Institucionais (SRI) e a Secretaria de Direitos Humanos (SDH), ambas da Presidência da República.A Secretaria de Administração da Presidência é responsável pelo suporte técnico-administrativo de 11 pastas, entre elas SRI e SDH, mas a informação solicitada não foi enviada por ninguém.Outros órgãos vinculados à Presidência, como a Secretaria de Políticas para Mulheres e o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), informaram o gasto com combustível dos veículos oficiais de seus titulares.O Itamaraty detalhou ao Estado até os litros de etanol, óleo diesel e gasolina consumidos pela frota da pasta, inclusive o gasto do carro oficial do ministro Antonio Patriota (R$ 212,09). O Ministério do Trabalho foi o único que não informou o gasto do ministro com telefonia móvel, sob o argumento de que a fatura de novembro não havia chegado. A conta em questão dizia respeito a Carlos Lupi, afastado após denúncias.A fatura da Advocacia-Geral da União (AGU) também não havia chegado, mas a AGU informou a de outubro, assim como o Ministério do Planejamento.O levantamento perguntou aos ministros sobre o hábito de usar aviões da FAB - a maioria optou por só dizer o número de vezes, sem detalhar as ocasiões. Decreto de 2002 prevê que as solicitações de transporte em avião da Aeronáutica sejam feitas por motivos de segurança e emergência médica, viagens a serviço e deslocamentos para local de residência permanente.Cinco pastas disseram que os titulares não usaram aviões da FAB em novembro: CGU, Cultura, Minas e Energia, Assuntos Estratégicos e Trabalho. A Previdência afirmou que Garibaldi Alves "costuma fazer viagem para o Estado de origem se utilizando da aviação comercial".O ministro Celso Amorim foi quem mais disse ter usado aviões da FAB - sete vezes, todas a serviço. / R.M.M

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