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Crivella diz que vai imitar Lula e fará política para pobres do Rio

Em sabatina do 'Grupo Estado', candidato do PRB disse que foi o responsável por aliança do presidente e Cabral

Por Gisele Silva
Atualização:

O candidato do PRB, senador Marcelo Crivella, reiterou mais de uma vez sua proximidade com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na primeira de uma série de sabatinas, promovida pelo Grupo Estado, com os candidatos a prefeito do Rio nesta quinta-feira, 21. Disse que vai imitar o presidente e repetir no Rio a política do governo federal. "Quero fazer para os mais pobres. Aprendi muito com ele (Lula) e muito com Alencar. Quero, no segundo turno, o presidente Lula. Ele poderá dizer em público: 'Sou amigo do Crivella porque ele, quando entrou no meu gabinete, nunca pediu nada para ele, mas para o povo do Rio de Janeiro", afirmou. E lembrou uma frase do vice-presidente José Alencar sobre o apoio de Lula ao senador. "Crivella é o candidato do coração do Lula", disse uma vez Alencar, que também é do PRB e apóia Crivella. Veja também: TV Estadão: assista à sabatina de Marcelo Crivella  Especial: Perfil de Marcelo Crivella  Brasil deveria se orgulhar de ter Duda Mendonça, diz Crivella Crivella investe contra 'atraso civilizacional' no Rio Crivella defende parceria com setor privado e governo estadual Exército não é responsável por mortes de jovens, diz Crivella Crivella deve entrar na briga por royalties do petróleo estadao.com.br estréia projeto Vereador Digital  Nesta sexta, será a vez do candidato petista à prefeitura do Rio, Alessandro Molon. Os demais serão sabatinados semana que vem: Eduardo Paes (PMDB), Fernando Gabeira (PV), Solange Amaral (DEM), Chico Alencar (PSOL) e Jandira Feghali (PC do B). Em São Paulo, do dia 1º ao dia 5, participam Marta Suplicy (PT), Geraldo Alckmin (PSDB), Gilberto Kassab (DEM), Paulo Maluf (PP) e Soninha Francine (PPS). Ivan Valente será sabatinado no dia 8. Os eventos estão sendo transmitidos ao vivo pela internet, na TV Estadão. No Rio, as sabatinas estão sendo realizadas na sede da Associação Brasileira de Imprensa (ABI). Em São Paulo, as sabatinas serão realizadas no auditório do Grupo Estado, em São Paulo, sempre das 11 às 13 horas. Crivella afirmou ainda que tem "horror à intolerância" e que fará um governo para todos no Rio, e não apenas para os membros da Igreja Universal, instituição da qual é bispo licenciado. Ele disse também que parodiou Lula ao redigir a carta-compromisso para os eleitores da capital fluminense. Ainda para rebater a imagem ligada à Universal e provar que é um político conciliador, ele afirmou que foi o responsável pela união de Lula e do governador do Estado, Sérgio Cabral. "Vale lembrar que Cabral votava contra Lula quando era senador. Ali, dei gesto político para governar em favor do Rio", disse. O candidato do PRB brincou ainda sobre a participação de Lula no horário eleitoral de seu adversário do PT, Alessandro Molon. "No final do meu programa, entrou o do Molon, e começou com o Lula. Acharam que o Lula estava no meu programa. Não fui eu, foi o Molon. Vou ligar para ele e dizer: 'Não faz mais isso, Molon, porque a Justiça vai brigar", ironizou. Num primeiro momento, Crivella disse que não chamaria nenhum membro da Universal para ser seu secretário, caso seja eleito: "Quero encontrar os melhores técnicos, urbanistas, técnicos em transporte, para redimir o Rio dessa vergonha imensa". Em seguida, admitiu que pode ter evangélicos no seu secretariado desde que sejam bons técnicos. O candidato do PRB fez questão de reafirmar seu compromisso com "todos os cariocas": "Não vou patrulhar o carnaval, o estilo da festa, o direito das pessoas de professar sua fé e culto. Rio já tem crise demais. Não pode ter mais essa. Quero caminhar para a paz, pelo bem do Rio".

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