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Corpo a corpo político marca nova fase

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Por Redação
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Cenário: Vera RosaA presidente Dilma Rousseff fará um "intensivão" de política nos próximos dias. Para acalmar o PMDB - que apresentou manifesto com críticas ao governo e ao PT - e também os outros partidos aliados, Dilma já começou a passar "mercúrio cromo" nas feridas da coalizão governista, como aconselhou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e na terça-feira irá ao Congresso.O motivo oficial da ida de Dilma à sessão solene do Congresso é a homenagem ao Dia Internacional da Mulher. No plenário do Senado, ela receberá o prêmio Bertha Lutz no mesmo dia em que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, comparecerá à Comissão de Assuntos Econômicos. Lá, Mantega será questionado sobre o pífio crescimento da economia e a crise no Banco do Brasil.A visita da presidente ao Congresso, porém, tem um significado que ultrapassa as efemérides. É, na prática, um sinal de que ela pretende inaugurar nova temporada de conversas políticas, mesmo a contragosto. Na noite de ontem, por exemplo, Dilma ficou furiosa ao saber que os senadores, principalmente os do PMDB, rejeitaram a recondução de Bernardo Figueiredo para a presidência da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e mandou segurar a negociação em curso para liberar agora as emendas parlamentares.Foi a resposta à derrota, mas, a partir da semana que vem, Dilma seguirá o script acertado com Lula: promoverá reuniões com as bancadas governistas e terá olhar mais atento à partilha dos cargos. O Planalto também está preocupado com a ausência de aliados na campanha de Fernando Haddad (PT) à Prefeitura.As últimas movimentações do PMDB deixaram sequelas. Petistas dizem que o partido não tem do que reclamar, pois controla vários postos, como as superintendências da Funasa nos Estados."Perdemos dois ministérios, levamos uma invertida e ainda somos acusados de brigar por mais espaço?", protestou o deputado André Vargas (PR), secretário de Comunicação do PT.

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