Conflitos se sucederam ao longo de 2012

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Por Redação
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A divergência entre os projetos políticos do PSDB do governador Geraldo Alckmin e do PSD do vice Guilherme Afif Domingos deu origem a episódios que provocaram desconforto no Palácio dos Bandeirantes.Aliados do governador reclamam que, este ano, Afif e seu partido se engajaram nas campanhas a prefeito de adversários dos candidatos de Alckmin. Em Ribeirão Preto, o vice apoiava Dárcy Vera (PSD) contra o tucano Duarte Nogueira. Em Campinas, o PSD estava com Marcio Pochmann (PT), que enfrentava Jonas Donizette (PSB), aliado do PSDB.Já os líderes do PSD criticaram Alckmin pela falta de empenho em captar doações para a milionária campanha de José Serra (PSDB) na capital paulista.Dias depois do 1.º turno, quando o front tucano projetava um rombo em suas contas, o prefeito Gilberto Kassab (PSD) pousou no heliponto do Palácios dos Bandeirantes para se reunir com o governador e pedir que ele disparasse telefonemas a empresários em busca de contribuições financeiras. Aliados de Kassab dizem que Alckmin não agiu, e que coube ao prefeito levantar recursos para pagar a parte mais cara da conta, que incluía os serviços do marqueteiro Luiz González.Também houve mal-estar na sede do governo em junho, quando Afif voou a Brasília para apresentar pessoalmente à presidente Dilma Rousseff um projeto, elaborado com recursos do governo paulista, sobre o desenvolvimento de parcerias público-privadas - área que ficou sob responsabilidade do vice-governador, como espécie de compensação por sua demissão do secretariado de Alckmin.Afif ainda levou bronca, em setembro, quando escreveu um artigo em que criticava a expansão do sistema de transportes sobre trilhos no Estado. Alckmin pediu que um secretário desse o recado, apesar de sua residência oficial ficar a apenas um andar de distância do gabinete do vice. / B.B.

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