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Confiante para o 2º turno, Marina critica ataques dos adversários

Candidata do PSB votou acompanhada do pai e do marido; ex-senadora atribuiu queda nas pesquisas ao pouco tempo de TV

Por Adriana Carranca
Atualização:

Atualizado às 17h15

RIO BRANCO - Após votar em Rio Branco, no Acre, neste domingo, 5, a candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva, fez ataques à presidente Dilma Rousseff (PT) e evitou falar sobre a queda nas pesquisas de intenção de voto e em possíveis alianças, caso não vá para o segundo turno. Marina disse estar confiante de que os eleitores “saberão honrar quem não quis ganhar a eleição apenas na base da calúnia, do boato.”

Candidata pessebista à Presidência reforçou críticas à rival Dilma Rousseff Foto: Alexandre Noronha/AP

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“Não vale fazer qualquer coisa, a qualquer custo, a qualquer preço para ganhar uma eleição”, disse a candidata. “Quem vai ganhar não são as velhas estruturas do marketing, do dinheiro, da mentira.” 

Ela acusou os adversários de criarem contra ela uma “situação de constrangimento pela intimidação”. “Os dois candidatos estavam unidos para nos atacar”, declarou. 

Questionada sobre possíveis alianças, caso não vá para o segundo turno, Marina deixou no ar a resposta: “o segundo turno se discute no segundo turno”. “Nosso diálogo jamais será pragmático, mas programático”, disse. “Agora estamos ainda lutando no primeiro turno.”

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Marina evitou falar sobre as pesquisas recentes de intenção de votos que mostravam o candidato Aécio Neves (PSDB) à frente para disputar o segundo turno com Dilma Rousseff (PT). “Vocês são insistentes. Já respondi mil vezes que segundo turno se discute no segundo turno.” 

Na última pesquisa Ibope/Estado/TV Globo feita antes das eleições, Aécio Neves, que alcançou Marina Silva na reta final da campanha, tinha 27% dos votos válidos contra 24% da adversária. Dilma chega à véspera da votação com 46% dos votos válidos. 

A candidata peesebista votou por volta de 8h30 na sede do Incra, na capital do Acre, Rio Branco. Estava ao lado do marido, o engenheiro florestal Fábio Vaz de Lima, e do pai, Pedro Augusto da Silva, 'Seu' Pedro. “Eu venho de uma realidade muito pobre. Aqui está meu pai, seringueiro, 78 anos. Ele me ensinou que o cidadão não deve favores, tem direitos”, disse Marina. Duas das seis irmãs da candidata também acompanharam o voto da candidata, assim como o filho, Danilo, de 26 anos. Os outros três filhos de Marina votam em estados diferentes. 

Durante a entrevista coletiva, Marina fez críticas à presidente Dilma. “Dilma está entregando um país pior do que encontrou, com inflação, juros altos, baixo crescimento, elevado índice de problemas na saúde, educação, segurança e com corrupção”. 

Ela lembrou a tentativa de criar o partido Rede Sustentável, para o qual não obteve assinaturas suficientes, antes de ingressar na chapa de Eduardo Campos, morto em um acidente aéreo em 13 e agosto. “Não foi permitido por uma ação política o registro da rede exatamente para impedir que eu fosse candidata”, disse, adicionando não ter usado o PSB como “partido de aluguel”. 

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“Identifiquei na candidatura de Eduardo Campos a possibilidade de nos unirmos para enfrentar os gigantes que achavam que iam reinar soberanos. Infelizmente uma fatalidade ceifou a vida de Eduardo e eu assumi. Fizemos uma campanha bonita, com proposta, respeitando os brasileiros e os adversários. Estou aqui com a consciência de quem fez um bom combate. Nunca entramos na armadilha do embate. E é com esse espírito que, se Deus quiser e o povo brasileiro, estaremos no segundo turno”. 

Após votar, a candidata do PSB seguiu em um avião privado para São Paulo, onde acompanhará a apuração dos votos. 

    

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