22 de maio de 2013 | 02h06
Dilma instalou a comissão, assinou lei obrigando os militares a colaborar, abriu as portas dos ministérios ao colegiado, mas, até o momento, não deu qualquer declaração sobre os papéis escondidos. Grupos de direitos humanos exigem que os comandantes das forças "desmontem" a máquina da repressão com a abertura dos arquivos. Só a comandante em chefe das Forças pode dar a ordem que interessa para a comissão.
Um ano depois de instalada, a comissão sabe que a "boa relação" com militares não trouxe avanços no esclarecimento de crimes políticos. Muito menos foi digerida por famílias de mortos, grupos de direitos humanos, historiadores. A eficiência da comissão depende da convocação de oficiais graduados, do passado e do presente. Rosa Cardoso, a coordenadora da comissão que foi advogada da presa política Dilma, sabe que sua nova cliente, a presidente, dificilmente terá em mãos um bom relatório final sem expor a barbárie que sofreu na própria pele.
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