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Com novo marqueteiro, Alckmin ataca Kassab na TV

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Por CAROLINA FREITAS
Atualização:

O horário eleitoral gratuito de hoje na televisão marcou o acirramento da disputa por votos entre dois antigos aliados, Geraldo Alckmin (PSDB) e Gilberto Kassab (DEM). De acordo com as mais recentes pesquisas de intenção de voto, os dois estariam tecnicamente empatados no segundo lugar, atrás da candidata do PT, Marta Suplicy. Em seu programa, Alckmin - que acabou de mudar de marqueteiro - classificou a atuação de Kassab na área da saúde como "tímida". "O Kassab teve tudo na mão para levar adiante um bom projeto do (ex-prefeito e governador José) Serra, mas foi tímido. Fez pouco", disse. Sobraram farpas também para a petista, da coligação "Uma Nova Atitude para São Paulo" (PT-PCdoB-PDT-PTN-PRB-PSB). "A saúde nunca foi prioridade quando o PT esteve no poder", acusou Alckmin. "Isso foi decisivo para que a prefeita Marta Suplicy perdesse a eleição (de 2004) para o José Serra." Em uma critica indireta à gestão de Kassab, Alckmin prometeu construir hospitais e estimular, com salários mais altos, os médicos a trabalhar na periferia. Marta também atacou em Kassab, chamando de absurda a suposta retração do programa Vai e Volta, de transporte escolar para alunos da rede pública municipal. "Tenho ouvido queixas das mães e pais. Isso é um absurdo! O Vai e Volta foi conquista", disse a petista. O programa mostrou a história de crianças que agora precisavam ir a pé para a escola. Marta prometeu oferecer banda larga gratuita em toda a cidade e valorizar os professores, com salários melhores e educação continuada. Kassab, da coligação "São Paulo no Rumo Certo" (DEM-PR-PMDB-PRP-PV-PSC), cortou as críticas de seu programa e esforçou-se para falar com os jovens. Não faltaram gírias como "bacana", "maneiro" e "muito legal". Ao mostrar as atividades oferecidas em um Centro Cultural da Juventude, o locutor avisou que era "só colar" no centro para participar. O prefeito destacou realizações nas mais diversas áreas, da Lei Cidade Limpa à criação de parques e praças, e mostrou dezenas de pessoas o abraçando e parabenizando pela gestão. Paulo Maluf, do PP, se queixou por ter "as máquinas federal, do Estado e da Prefeitura" contra si - em referência a Marta e Kassab, que contam com apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de Serra, respectivamente. O candidato do PP usou uma atriz, em um cenário à meia luz, para tentar convencer o eleitor a votar nele. "Perguntam porque eu vou votar no Maluf. Eu é que pergunto: Por quê você não vai votar no Maluf? Não dá para não votar no Paulo Maluf." Soninha Francine, do PPS, lembrou da importância de cuidar preventivamente da saúde, melhorando a qualidade de vida dos paulistanos, com menos stress e poluição e mais atividades físicas. Já o candidato da coligação "Alternativa de Esquerda para São Paulo" (PSOL-PSTU), Ivan Valente, criticou Kassab por "privatizar a saúde" e pregou a implantação do Sistema Único de Saúde (SUS) na capital paulista. Críticas Depois de ter perdido quatro minutos de seu programa para Alckmin, da coligação "São Paulo, na Melhor Direção" (PSDB-PTB-PHS-PSL-PSDC), em razão de críticas que fez ao metrô, Levy Fidélix, do PRTB, voltou a atacar os tucanos. "O metrô é muito lento e muito caro. Há escândalos que deveriam envergonhar os tucanos", disse. "Os tucanos não resolveram esse problema (do trânsito). Na Prefeitura é que não vão resolver." Anaí Caproni, do PCO, equiparou Kassab a Marta e disse que o prefeito não investe o suficiente em educação. "Esse governo é uma continuação da Martaxa", afirmou Anaí. Edmilson Costa, do PCB, prometeu que, se eleito, proibirá o trabalho aos domingos e zelará pelos direitos trabalhistas. Renato Reichmann, do PMN, prometeu que, se eleito, os guardas civis metropolitanos farão rondas nas escolas, que serão monitoradas por câmeras. Ciro Moura, da coligação "Tostão contra o Milhão" (PTC-PTdoB), acusou os governantes de descaso com os funcionários públicos e disse que irá fazer um novo plano de carreira para a categoria.

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