
01 de novembro de 2012 | 02h07
O criminalista José Roberto Batochio, que defende o ex-ministro Antonio Palocci, rechaçou com veemência a citação feita pelo empresário Marcos Valério. "É uma insanidade", protestou Batochio.
Palocci afirma, segundo esclareceu seu advogado, que "não tratava de base de governo" e que "nunca teve qualquer tipo de contato" com o operador do mensalão.
Batochio foi taxativo. Ele disse que Palocci ficou "perplexo com essa informação". "Fazer uma afirmação dessas contra quem nunca teve qualquer participação de sustentação de base, e é este o caso de Palocci, é insanidade derivante de um estado psicológico diante da situação pessoal que ele (Marcos Valério) vive."
Valério já está condenado a mais de 40 anos pelo Supremo Tribunal Federal nos autos do mensalão - sanção imposta pelos crimes de corrupção ativa, lavagem de dinheiro, peculato, quadrilha e evasão de divisas. Ele também recebeu multa de cerca de R$ 2,7 milhões.
Prisão. A pena levará Valério a cumprir parte da punição em regime fechado. A pena e o valor da multa ainda são parciais e poderão ser alteradas pelos ministros do Supremo até o fim do julgamento na Corte.
Além desse processo, ele responde a outras ações penais. Em uma delas, é acusado de montar esquema semelhante em Minas na fracassada tentativa do então governador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) se reeleger em 1998.
Com a soma das penas de todos esses processos, Marcos Valério pode passar décadas na cadeia. / R.B. e F.M.
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