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Em debate, Ciro e Alckmin discordam sobre eficácia da reforma trabalhista

Discussões sobre economia, geração de emprego e reformas estruturais dominam primeiros blocos de debate na TV Bandeirantes

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Por Mateus Fagundes e Daniel Galvão
Atualização:

Os candidatos Ciro Gomes (PDT) e Geraldo Alckmin (PSDB) divergiram no debate da TV Bandeirantes desta quinta-feira, 9, em relação à reforma trabalhista, aprovada em 2017. Os dois candidatos travaram o principal debate sobre economia e reformas do programa, o primeiro do gênero nas eleições 2018,  até então. 

Ciro perguntou ao ex-governador de São Paulo se ele iria manter a reforma trabalhista, que, na avaliação do ex-ministro, introduziu insegurança jurídica e é uma "aberração".

Ciro Gomes, presidenciável do PDT Foto: NILTON FUKUDA / ESTADAO

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Alckmin defendeu a reforma, que ele classificou como "avanço". "Mantenho a posição, reforma trabalhista vai estimular mais emprego", afirmou.

 Ciro disse ainda que vai enfrentar problemas da reforma trabalhista sem aumentar medo dos que estão desempregados ou na informalidade. Sobre a Previdência, o candidato defendeu um novo regime de capitalização e uma nova proposta de transição. Alckmin respondeu complementando que vai atacar a divergência que existe entre o teto do INSS e o teto de servidores da Câmara, por exemplo. 

Economia e emprego dominam primeiro bloco

Ao responderem à primeira pergunta do debate da TV Bandeirantes, os presidenciáveis prometeram aos eleitores a criação de empregos e mudanças na economia do País. Para Geraldo Alckmin (PSDB), a geração de emprego e renda é uma questão central do Brasil. "E para crescer precisa ter investimento", disse. Ciro Gomes se comprometeu em criar dois milhões de empregos e que vai ajudar os brasileiros a pagar dívidas e voltarem a consumir. "Vou retomar mais de 7 ml obras que estão paradas e descartelizar o sistema financeiro", disse. Jair Bolsonaro (PSL) afirmou que a missão dele é "dar ao povo a certeza de que será feito um governo diferente". Para o deputado federal, o salário no Brasil é "pouco para quem recebe e muito para quem paga". Par ele, o País necessita ser desburocratizado. Para Henrique Meirelles, não se cria emprego no "grito, mas com a política econômica correta, no mento que assumirmos a presidência". Ele ressaltou ainda que foi um dos responsáveis por tirar o País da recessão. Guilherme Boulos (PSOL) disse que, se eleito, vai revogar as medidas aprovadas durante o governo de Michel Temer (MDB). Marina Silva (Rede) afirmou que tem como compromisso fazer o País voltar a crescer. "Para ter emprego é preciso ter investimento, para ter investimento é preciso recuperar credibilidade", afirmou. Ao responder à pergunta, Alvaro Dias (Podemos) utilizou o tempo que tinha disponível para, como ele mesmo disse, se apresentar ao público. "Vou continuar combatendo os privilégios e corrupção, como fiz quando fui governador do Paraná", disse. Na sequência, o candidato Cabo Daciolo (Patriota) criticou o senador paranaense. "Alvaro Dias falou, falou e não foi dito nada", disse. Ele se comprometeu a gerar empregos "em honra e nome do senhor Jesus