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Ciro critica participação de Haddad em debates na TV no lugar de Lula

Presidenciável do PDT disse que vetaria aumento no salário dos membros do Judiciário

Foto do author Lorenna Rodrigues
Por Renan Truffi e Lorenna Rodrigues (Broadcast)
Atualização:

BRASÍLIA - O candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, criticou nesta terça-feira a possibilidade do vice na chapa do PT, Fernando Haddad, participar dos debates entre presidenciáveis no lugar do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o candidato oficial do PT ao cargo. Lula está preso após ter sido condenado no âmbito da Operação Lava Jato e seu partido, o PT, tenta emplacar Haddad em seu lugar nas sabatinas e debates realizados pelas emissoras de televisão. Também nesta terça, o candidato do MDB Henrique Meirelles defendeu a participação do ex-prefeito de São Paulo dizendo que ele é o candidato do PT

"O PT é meu adversário", disse Ciro antes de ser questionado se concordava com a participação de Haddad nos debates televisivos, no lugar de Lula. "A nossa imprensa não ajuda porque olha só uma coisa: quem é o candidato do PT à Presidência? É o Lula. Por que é que o Haddad vai para os debates? Compreende o que eu estou dizendo? Isso depende de mim? Então o Bolsonaro pode mandar o general (Mourão). É cada uma...", disse.

Ciro Gomes, candidato do PDT à Presidência Foto: Wilton Junior/Estadão

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"Somos bastante amigos, o problema não é ele (Haddad), sou amigo do Alckmin também, o problema é o PT. O PT é muito fortemente responsável pelos problemas que estamos vivendo. Não foi o PT que escolheu Michel Temer? O PT escolheu Michel Temer", complementou.

Ciro também criticou o Supremo Tribunal Federal, que na semana passada aprovou uma proposta de reajuste para os salários dos próprios ministros. "É uma falta de respeito absoluta com o momento que estamos vivendo. "Eu vetaria", afirmou, caso vença o pleito e a medida seja aprovada também no Congresso Nacional.

O candidato do PDT também voltou a rebater críticas de que sua proposta de limpar o nome dos brasileiros no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) seria "rasa". Ciro tem defendido que o processo seria implantado por meio de negociações com os bancos públicos, como Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil.

"Rasa é a imprensa que não consegue compreender coisa séria. Você acha que um ex-governador, ex-prefeito de capital, ex-ministro da Fazenda vai fazer uma proposta que não seja minimamente detalhada? O meu problema é que os meus adversários estão imitando tudo. A crítica, para mim, não é ruim, é bem-vinda. Por exemplo, vem da crítica a necessidade de eu já anunciar que essa providência só vale para aqueles que tiverem com nome sujo até 20 de julho passado (2018). Foi a crítica que me fez perceber que é importante dizer que essa medida só vale para trás e não para frente, para não estimular ninguém a fazer crédito e depois não pagar de propósito", explicou. 

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