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Ciro brinca com eventual 2º turno de Bolsonaro e PT: 'Pode morrer?'

Em Osasco (SP), presidenciável do PDT voltou a dizer que pesquisa representa fotografia e não filme

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Por Mateus Fagundes
Atualização:

OSASCO - O candidato à Presidência pelo PDTCiro Gomes, voltou a criticar o PT e o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) em agenda nesta quarta-feira, 22. Perguntado sobre qual era a posição dele em um eventual segundo turno de Bolsonaro contra o PT, Ciro desconversou e brincou com jornalistas. "Pode morrer?", disse. "Olha, a gente está lutando por uma saída que não seja extremista, que não seja demagógica e que não seja mentirosa", disse, sem citar os nomes dos adversários. "Vamos deixar o povo resolver." 

O pedetista também se esquivou de comentar os resultados das recentes pesquisas eleitorais. A pesquisa Ibope/Estado/TV Globo divulgada na segunda-feira, 20, mostra o candidato Jair Bolsonaro (PSL) como líder da corrida presidencial, com 20%, no cenário em que Luiz Inácio Lula da Silva não é apresentado aos eleitores. A seguir vêm Marina Silva (Rede), com 12%, e Ciro Gomes (PDT), com 9%.

Ciro Gomes, presidenciável do PDT Foto: NILTON FUKUDA / ESTADAO

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"Pesquisa é momento, é uma fotografia de momento, mas a vida é um filme", disse. Ao Estadão/Broadcast, o candidato a deputado federal Sebastião Almeida (PDT), que participa da campanha de Ciro no Estado de São Paulo e que o acompanhava na agenda em Osasco, evitou comemorar o desempenho do pedetista. "É um cenário ainda muito incerto, com esta situação do Lula. Vamos ver como vai ser em setembro", afirmou. 

Propostas

Ciro disse ainda que, se eleito, vai evitar a valorização artificial do real ante o dólar. "O dólar vai ser administrado de forma profissional. Nós vamos evitar a valorização artificial da nossa moeda", afirmou. Em reação a pesquisas eleitorais, o dólar rompeu ontem a barreira dos R$ 4, movimento contrário ao que o pedetista disse querer evitar. Ciro evitou, no entanto, comentar qual o nível adequado do câmbio.

"Quero fazer uma política que retome a indústria de petróleo, gás e bioenergia, além de incentivar o complexo industrial da saúde e do agronegócio. De modo que a gente tenha substância para atrair dólares sadios, e não especulativos. O câmbio vai ser usado para quem produz e trabalha pelo Brasil", afirmou.

Ciro se comprometeu ainda a retomar obras de infraestrutura para gerar dois milhões de empregos no primeiro ano de governo. Ele prometeu incentivar o investimento em segurança pública. Na saúde, Ciro disse que quer criar um fundo de R$ 4 bilhões destinados a unidades básicas que cumprirem metas de diminuição de mortalidade materno-infantil, além do controle de diabetes e hipertensão.

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Corpo a corpo

Ciro se atrasou para a agenda em Osasco e acabou não discursando ao público que o esperava no largo em frente à estação da CPTM, no centro da cidade. Ele tirou fotos com apoiadores e moradores de rua. Ele não deixou, porém, de cumprir o ritual de candidatos na cidade, ao comprar um cachorro quente, um dos símbolos do município.

Na barraquinha em que comprou o sanduíche, Ciro foi confrontado com uma pergunta inusitada. "Cadê a Patrícia Pillar?", questionou o comerciante Marcos Rogério da Glória. "Me separei dela há dez anos", respondeu Ciro. Ele estava acompanhado da atual namorada, Giselle Bezerra. A ela, coube apartar uma jovem que questionava os altos salários dos políticos ao candidato.

"Deixa comigo", disse Giselle aos seguranças de Ciro. Ela então conversou com a jovem por cerca de três minutos. Questionada pelo Estadão/Broadcast, Giselle falou da conversa com a adolescente. "Expliquei para ela que o Ciro é diferente e a convidei para conhecer nossas propostas no site", disse.

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