PUBLICIDADE

Chinaglia rebate acusações e diz que vai procurar STF sobre vazamentos

Escalado para rebater as acusações de que Lula foi pressionado para nomear Paulo Roberto Costa, deputado cita votações na Câmara e no Congresso antes de indicação de ex-diretor

Por Ricardo Galhardo e Carla Araujo
Atualização:

São Paulo - Escalado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para rebater as acusações feitas pelo doleiro Alberto Youssef, o deputado Arlindo Chinaglia, líder do governo na Câmara durante o período em que Paulo Roberto Costa foi nomeado diretor de Abastecimento da Petrobrás, apresentou dados que negam trecho do depoimento do doleiro.

PUBLICIDADE

À Justiça Federal do Paraná, Yousseff disse que Lula cedeu à pressão de partidos aliados para a nomeação de Costa e que antes da indicação a pauta do Congresso foi travada por três meses.

Segundo Chinaglia, nos três meses que antecederam a nomeação de Costa, a Câmara votou 4 projetos de emendas à Constituição, 37 medidas provisórias, três projetos de lei, oito projetos de decreto legislativo, 8 projetos de resolução. O Senado, no mesmo período, votou 35 medidas provisórias, 11 projetos legislativos, 55 projetos de decreto legislativo, um projeto de resolução e 259 requerimentos de informações e auditorias.

“Isso demonstra que qualquer depoimento tem que ser verificado”, disse o deputado.

Chinaglia lançou dúvidas sobre as intenções do juiz Sérgio Moro, responsável pelo processo. “Chama muita atenção que em um período de eleição, apesar da determinação do STF e PGR para que o processo corra em sigilo, um juiz de primeira instância chame dois depoentes e divulgue (o teor) de forma seletiva sem o devido direito de resposta, atingindo pessoas e instituições. Não acredito que ele queira ser cabo eleitoral mas parece que quer ser”, disse Chinaglia.

Segundo ele, a bancada do PT vai procurar o ministro Teori Zavascki, responsável pelo processo no STF, e o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para estudar a possibilidade de tomar providências em relação à divulgação dos depoimentos. 

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.